Hugo Motta terá que cortar na carne se quiser salvar autoridade

Presidente da Câmara deve liderar aplicação da punição máxima contra deputados que impediram o funcionamento da Mesa Diretora

Fonte: Aquiles Lins - Publicada em 11 de agosto de 2025 às 14:11

Hugo Motta terá que cortar na carne se quiser salvar autoridade

Plenário da Câmara dos Deputados - 6/8/25 (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

A Câmara dos Deputados vive um momento crítico que exige do presidente Hugo Motta uma postura firme e intransigente. A ocupação do plenário por 14 deputados da oposição não pode ficar impune. As denúncias recebidas pela Corregedoria da Casa, que já analisa os fatos com urgência, revelam uma grave afronta à democracia e ao funcionamento regular do Parlamento. E cabe a Motta, como presidente da Câmara, não apenas cobrar respeito às instituições, mas liderar o processo de punição máxima contra os envolvidos: suspensão imediata e cassação dos mandatos.

O rito sumário, criado para dar agilidade às sanções disciplinares, deve ser utilizado com rigor. Hugo Motta já afirmou que “a Casa precisa ser pedagógica nas punições” e que não se pode tolerar motins que paralisem o Legislativo. É justamente esse o caminho a seguir. A interrupção por mais de 30 horas do funcionamento da Mesa Diretora e da Câmara mostra uma quebra séria do decoro parlamentar e um atentado direto à ordem institucional. A leniência com os culpados abriria um precedente perigoso para futuros desmandos.

Além do motim que não pode sair impune, sob a pena da desmoralização completa da autoridade do presidente daCâmara, há situações absolutamente insustentáveis para a Casa seguir mantendo. O que dizer do caso da deputada Carla Zambelli, condenada pelo Supremo a 10 anos de prisão por invasão aos sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça, que está presa na Itália aguardando julgamento de sua extradição.

Da mesma forma, Eduardo Bolsonaro, licenciado e atuando politicamente nos Estados Unidos, conspira contra os interesses nacionais de forma aberta, utilizando o mandato como escudo e plataforma para ataques ao Supremo Tribunal Federal e ao próprio governo brasileiro. A denúncia do líder do PT, Lindbergh Farias, que pede a suspensão cautelar e o bloqueio das remunerações de Eduardo, detalha o comportamento incompatível com o decoro parlamentar e com a lealdade à pátria. Manter em exercício um parlamentar que age como agente estrangeiro contra o Brasil é inadmissível. Além de minar a própria credibilidade do presidente da Casa para defender a soberania do Brasil. 

Portando, o presidente da Câmara tem diante de si a responsabilidade histórica de cortar na carne. Liderar uma ação civilizatória de expurgo de parlamentares que atentaram contra a Casa. Demonstrar de maneira inequívoca o respeito à Constituição e à ordem democrática não pode ser violado impunemente. Um novo 8 de janeiro não será minimizado. A Câmara precisa agir com rapidez e rigor: aplicar suspensão sumária imediata aos 14 deputados que participaram do motim e abrir caminho para a cassação definitiva de seus mandatos. 

O Parlamento brasileiro não pode conviver com a impunidade diante de ações que paralisam sua função essencial e ameaçam a soberania nacional. Hugo Motta, se quer ser um presidente à altura do cargo e salvar sua autoridade política, deve liderar essa limpeza e mostrar que o Legislativo é um poder sério, que formula e respeita as leis e comprometido com o Brasil.

Aquiles Lins

Aquiles Lins é colunista do Brasil 247, comentarista da TV 247 e diretor de projetos especiais do grupo.

219 artigos

Hugo Motta terá que cortar na carne se quiser salvar autoridade

Presidente da Câmara deve liderar aplicação da punição máxima contra deputados que impediram o funcionamento da Mesa Diretora

Aquiles Lins
Publicada em 11 de agosto de 2025 às 14:11
Hugo Motta terá que cortar na carne se quiser salvar autoridade

Plenário da Câmara dos Deputados - 6/8/25 (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

A Câmara dos Deputados vive um momento crítico que exige do presidente Hugo Motta uma postura firme e intransigente. A ocupação do plenário por 14 deputados da oposição não pode ficar impune. As denúncias recebidas pela Corregedoria da Casa, que já analisa os fatos com urgência, revelam uma grave afronta à democracia e ao funcionamento regular do Parlamento. E cabe a Motta, como presidente da Câmara, não apenas cobrar respeito às instituições, mas liderar o processo de punição máxima contra os envolvidos: suspensão imediata e cassação dos mandatos.

O rito sumário, criado para dar agilidade às sanções disciplinares, deve ser utilizado com rigor. Hugo Motta já afirmou que “a Casa precisa ser pedagógica nas punições” e que não se pode tolerar motins que paralisem o Legislativo. É justamente esse o caminho a seguir. A interrupção por mais de 30 horas do funcionamento da Mesa Diretora e da Câmara mostra uma quebra séria do decoro parlamentar e um atentado direto à ordem institucional. A leniência com os culpados abriria um precedente perigoso para futuros desmandos.

Além do motim que não pode sair impune, sob a pena da desmoralização completa da autoridade do presidente daCâmara, há situações absolutamente insustentáveis para a Casa seguir mantendo. O que dizer do caso da deputada Carla Zambelli, condenada pelo Supremo a 10 anos de prisão por invasão aos sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça, que está presa na Itália aguardando julgamento de sua extradição.

Da mesma forma, Eduardo Bolsonaro, licenciado e atuando politicamente nos Estados Unidos, conspira contra os interesses nacionais de forma aberta, utilizando o mandato como escudo e plataforma para ataques ao Supremo Tribunal Federal e ao próprio governo brasileiro. A denúncia do líder do PT, Lindbergh Farias, que pede a suspensão cautelar e o bloqueio das remunerações de Eduardo, detalha o comportamento incompatível com o decoro parlamentar e com a lealdade à pátria. Manter em exercício um parlamentar que age como agente estrangeiro contra o Brasil é inadmissível. Além de minar a própria credibilidade do presidente da Casa para defender a soberania do Brasil. 

Portando, o presidente da Câmara tem diante de si a responsabilidade histórica de cortar na carne. Liderar uma ação civilizatória de expurgo de parlamentares que atentaram contra a Casa. Demonstrar de maneira inequívoca o respeito à Constituição e à ordem democrática não pode ser violado impunemente. Um novo 8 de janeiro não será minimizado. A Câmara precisa agir com rapidez e rigor: aplicar suspensão sumária imediata aos 14 deputados que participaram do motim e abrir caminho para a cassação definitiva de seus mandatos. 

O Parlamento brasileiro não pode conviver com a impunidade diante de ações que paralisam sua função essencial e ameaçam a soberania nacional. Hugo Motta, se quer ser um presidente à altura do cargo e salvar sua autoridade política, deve liderar essa limpeza e mostrar que o Legislativo é um poder sério, que formula e respeita as leis e comprometido com o Brasil.

Aquiles Lins

Aquiles Lins é colunista do Brasil 247, comentarista da TV 247 e diretor de projetos especiais do grupo.

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Comentários

  • 1
    image
    sebastian 11/08/2025

    O tal colunista esqueceu de acrescentar que o tal padrasto do Mota já foi preso por desvio de verba federal. Então, o carinho deve ser mais um com rabo preso com os donos do Brasil, ou seja, STF.

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