Ivo Cassol defende plantio de cana na região amazônica

Ivo Cassol justificou o plantio com o valor pago ao produtor para um litro de etanol – cerca de R$ 1,50 – e o pago pelo litro de leite – aproximadamente R$ 0,40.

Publicada em 27/04/2012 às 06:04:00

O senador Ivo Cassol (PP-RO) defendeu a aprovação do Projeto de Lei do Senado (PLS) 626, de 2011, debatido em audiência pública na manhã desta quinta-feira (26) na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA). A proposta libera áreas de cerrado e campos gerais na Amazônia Legal para o cultivo de cana. Este cultivo é hoje proibido pelo Decreto 6961/2009, que, ao estabelecer o zoneamento agroecológico da cana de açúcar, exclui seu plantio na Amazônia, no Pantanal e na Bacia do Alto Paraguai.

Para o parlamentar, não há diferença em se plantar cana, soja, feijão ou arroz. Ele afirmou que o plantio da cana pode ser feito em áreas já degradadas, quando o agricultor era obrigado a fazer o desmatamento para conseguir o título da terra. O representante rondoniense defendeu a implantação na região de técnicas para aumentar a produtividade.

Ivo Cassol justificou o plantio com o valor pago ao produtor para um litro de etanol – cerca de R$ 1,50 – e o pago pelo litro de leite – aproximadamente R$ 0,40. Ele criticou o governo federal por autorizar a importação de leite da Argentina para uma redução ainda maior de seu custo em território nacional.

De acordo com o senador, cada estado deve proceder a seu zoneamento agrícola, de forma a encontrar a produção que seja mais adequada.

No mesmo pronunciamento, Ivo Cassol defendeu a compensação aos agricultores que preservem o meio ambiente e afirmou que a presidente Dilma Rousseff não precisa vetar nenhum artigo do Código Florestal, aprovado ontem pela Câmara dos Deputados.

- Basta o ministério público coibir qualquer ação ilegal daqui pra frente – afirmou.

Agência Senado