Justiça aponta violência em greve do Sintero e proíbe acesso de grevistas a repartições públicas
A decisão judicial foi reforçada após a invasão da sede da Secretaria de Educação (Seduc), no complexo administrativo CPA, ocorrida na terça-feira (19)
Porto Velho, RO – 20/08/2025 – O Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO) declarou ilegal a greve deflagrada pelo Sintero e, em decisão inédita, destacou o caráter violento do movimento comandado pela atual diretoria do sindicato. O desembargador Adolfo Theodoro Naujorks Neto, ao analisar o processo nº 0810047-40.2025.8.22.0000, citou episódios de tumultos, depredações e violência física, determinando a proibição da permanência e circulação de grevistas em repartições públicas e unidades de ensino.
A decisão judicial foi reforçada após a invasão da sede da Secretaria de Educação (Seduc), no complexo administrativo CPA, ocorrida na terça-feira (19). O ato, liderado pelo Sintero, gerou tumulto, pânico entre servidores e mobilização da segurança para conter os manifestantes.
Na sentença, o magistrado ressaltou:
“Finalmente, em face dos últimos acontecimentos envolvendo tumultos, depredações e violência física, para a manutenção da ordem e a segurança do patrimônio público e da integridade física dos demais servidores, faz-se necessário restringir a permanência e circulação de grevistas em repartições públicas e nas unidades educacionais.”
Greve com servidores fora da base do sindicato
Outro ponto decisivo foi o fato de o Sintero ter convocado para a paralisação professores e técnicos educacionais, categorias que possuem sindicatos próprios – o Simprof e o Sintaer – e que não são legalmente representadas pela entidade.
O TJRO decidiu excluir o Sintero da representação dessas classes, reforçando que sua atuação deve se restringir a servidores de apoio, como merendeiras, vigias e auxiliares de limpeza.
Medidas impostas pela Justiça
Na decisão liminar, o tribunal determinou:
exclusão de professores e técnicos da base de representação do Sintero;
manutenção de no mínimo 30% do efetivo em cada escola;
proibição do acesso de grevistas a prédios públicos e unidades escolares;
multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento.
Derrota histórica do sindicato
A decisão representa a maior derrota da história do Sintero desde sua fundação em 1989. Além de perder a legitimidade sobre parte dos servidores, a entidade fica marcada por um movimento considerado abusivo e violento, que comprometeu as aulas de 170 mil alunos na rede estadual.
A atual presidente, Dioneida Castoldi, ligada ao PT, é apontada como articuladora da greve em meio a um cenário de desgaste e risco de derrota nas próximas eleições internas do sindicato.
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