Meirelles: reforma da Previdência não deve ficar para o próximo presidente
"É importante que o próximo presidente não tenha que assumir tendo esse enorme desafio pela frente", afirmou.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, defendeu hoje (4) que a reforma da Previdência seja aprovada ainda durante o governo do presidente Michel Temer, para que o próximo presidente não inicie o mandato com esse "enorme desafio".
Meirelles ministrou palestra na Fundação Getúlio Vargas, no seminário Reavaliação do Risco Brasil, e disse a jornalistas, ao fim do evento, que a reforma deve ser aprovada no final do ano ou no início da próxima legislatura.
"É importante que o próximo presidente não tenha que assumir tendo esse enorme desafio pela frente", afirmou.
Meirelles avaliou como "completamente positivas" as reuniões feitas ontem pelo governo com partidos da base aliada, para tratar da votação da reforma no plenário da Câmara dos Deputados.
"Houve, não só no almoço, mas também no jantar, um comprometimento muito grande de todos os partidos da base e das lideranças com a reforma".
O ministro evitou prever se a votação da reforma na Câmara dos Deputados ocorrerá neste ou no ano que vem. Entretanto, disse acreditar que ainda é possível realizá-la em 2017. Meirelles afirmou que essa é uma análise que deve ser feita pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e pelo presidente da República.
"Isso compete a uma coordenação, em última análise, do presidente da Câmara e do presidente da república, fazendo essa avaliação de qual é o momento certo de pautar", disse ele, que acrescentou: "Isso é uma decisão do Congresso Nacional. Não me compete definir limites".
Em resposta a jornalistas, o ministro da Fazenda comentou sobre a possibilidade de se candidatar à Presidência da República em 2018. Ele afirmou que tomará essa decisão apenas em março do ano que vem.
"Preciso ter foco total no meu trabalho como ministro da Fazenda no momento. Não é o momento de estar em campanha ou com preocupações de outra ordem. Para o país, isso é o mais importante".
O ministro defendeu que o candidato que represente os partidos da base aliada do governo deve ser um nome comprometido com a agenda de reformas iniciada em 2016.
"É muito importante que o candidato escolhido por todos os partidos da base seja comprometido com essa política econômica e com todas as reformas em todas as áreas, ensino médio, trabalhista, etc".
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