'Movimento crescente de pedidos de boicotes e marcação contra eleitores petistas preocupa e se assemelham às práticas nazistas', alerta Instituto Brasil-Israel

Em nota, entidade se diz preocupada com avanço de pensamentos e ações antidemocráticas

Assessoria
Publicada em 16 de novembro de 2022 às 20:03
'Movimento crescente de pedidos de boicotes e marcação contra eleitores petistas preocupa e se assemelham às práticas nazistas', alerta Instituto Brasil-Israel

O Instituto Brasil-Israel (IBI) emitiu uma nota em que, mais uma vez, repudia ações antidemocráticas que vêm se repetindo pelo país desde o final das eleições para presidente, além de mostrar preocupação com o crescente movimento de pedidos de boicotes contra eleitores do Partido dos Trabalhadores, após vitória de Lula nas urnas.

A entidade observa semelhanças perigosas entre a ideia de marcar portas de estabelecimentos de eleitores a serem boicotados com práticas nazistas realizadas no passado e reforça o potencial que essas ações podem tomar quando apoiadas por formadores de opinião, como políticos e artistas.

A seguir, veja a nota na íntegra:

“São preocupantes os pedidos de ‘marcação’ de estabelecimentos de eleitores do Partido dos Trabalhadores (PT). Mais ainda quando partem de celebridades, com poder de influência em um grande número de pessoas.

Para ‘facilitar’ o reconhecimento de ‘eleitores do PT’, membros desse movimento instigam seus seguidores a colocarem a ‘estrela vermelha do partido’ nestes estabelecimentos comerciais.

Esse movimento deve preocupar os que defendem a democracia e a convivência entre aqueles que pensam diferente.

Há exatos 84 anos, ocorria a ‘Noite dos Cristais’, com símbolos e demandas que nos remetem diretamente a ameaça de boicote de 2022, com algumas diferenças, mas diversas semelhanças.

As estrelas eram amarelas, hoje são vermelhas. Antes, se falava sobre boicote a um grupo étnico religioso, hoje é um grupo político ideológico. E o que mais assusta é a demanda pelo boicote, com um cancelamento mesmo, de um grupo inteiro.

Não importa a diferença entre petistas radicais ou eleitores anti-bolsonaristas. Aos olhos dos "boicotadores", eles fazem parte de uma comunidade de iguais e devem ser, todos, destruídos.

O que torna esse perigoso movimento ainda mais assustador é quando esses boicotes, que começam pelas massas irracionais, são adotados por políticos e artistas. São as caras famosas daqueles que apoiam os extremistas que propõem a eliminação do outro. Desde 1938.

Toda emulação do nazismo nos agride, a nós judeus, porque traz o nazismo e suas práticas para uma posição de normalização, que nós temos a obrigação de combater.”

Instituto Brasil-Israel

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