Mulheres ainda enfrentam preconceitos financeiros

Se, há algumas décadas, os homens eram maioria esmagadora como chefes de família, hoje a situação é bem diferente, mas ainda não é equilibrada.

DSOP Educação Financeira
Publicada em 05 de março de 2018 às 09:14
Mulheres ainda enfrentam preconceitos financeiros

Se, há algumas décadas, os homens eram maioria esmagadora como chefes de família, hoje a situação é bem diferente, mas ainda não é equilibrada. As mulheres lutaram e tiveram muitas conquistas, inclusive em questões profissionais e, consequentemente, financeiras. Mas, ainda enfrentam muitas diferenças.

Por esse motivo, é importante falar de educação financeira voltada para elas e o preconceito que ainda sofrem quando o assunto é dinheiro. Piadas machistas como “eu ganho e ela gasta” ainda estão muito presentes no dia a dia delas; são brincadeiras que mostram o quanto nossa sociedade ainda tem que mudar.

O problema maior é que, na prática, o preconceito se mostra por meio dos salários mais baixos, com o mesmo cargo dos homens, no mercado de trabalho. Ou seja, a mulher tem que trabalhar igual ou mais que o homem (sem contar nos casos em que ela ainda tem que ser responsável pelo trabalho doméstico), ganha menos, tem que administrar as finanças da família e ainda são taxadas as gastonas e descontroladas.

Outro ponto a se considerar é que as publicidades e propagandas são infinitamente maiores para o sexo feminino do que para outros públicos, desde produtos de beleza até produtos de limpeza (que sempre mostram mulheres utilizando-os). O que ocorre com todo esse “assédio” é que, com obrigação de pensar em tudo e em todos, a mulher acaba deixando de lado seus sonhos e desejos. E é isso que quero ressaltar, falando de educação financeira.

Só com o sonho é que elas conquistarão a independência financeira. Com a definição de seus objetivos, as mulheres saberão o quanto necessita para atingi-los e, com o simples exercício de registrar mensalmente todos os seus gastos, descobrirão no que poderão economizar para realizá-los. E isso tudo sem ter que eliminar gastos que geram prazeres e que também têm relevância para suas vidas, como roupas, bolsas, maquiagem, etc.

No intuito, então, de praticar o que chamamos de consumo consciente, listei algumas perguntas que devem ser feitas antes de qualquer compra: 

  • Eu realmente preciso desse produto?
  • O que ele vai trazer de benefício para a minha vida?
  • Se eu não comprar isso hoje, o que acontecerá?
  • Estou comprando por necessidade real ou movido por outro sentimento, como carência ou baixa autoestima?
  • Estou comprando por mim ou influenciado por outra pessoa ou por propaganda sedutora?

Se mesmo diante deste questionamento, a pessoa concluir que realmente precisa comprar o produto, seria prudente fazer mais algumas perguntas como:

  • De quanto eu disponho efetivamente para gastar?
  • Tenho o dinheiro para comprar à vista?
  • Precisarei comprar a prazo e pagar juros?
  • Tenho o valor referente a uma parcela, mas o terei daqui a três, seis ou doze meses?
  • Preciso do modelo mais sofisticado, ou um básico, mais em conta, atenderia perfeitamente à minha necessidade?

Reinaldo Domingos está a frente do canal Dinheiro à Vista. É Doutor em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin –www.abefin.org.br) e da DSOP Educação Financeira (www.dsop.com.br). Autor de diversos livros sobre o tema, como o best-seller Terapia Financeira.

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