Não foi obstrução, foi motim
Fanáticos do apocalipse atentaram contra o Estado de Direito
Tentar impedir o funcionamento do Congresso Nacional, como fizeram os bolsonaristas, liderados pelo senador acorrentado à cadeira da presidência, por trinta horas, é ato sujeito a punição de quatro a oito anos de reclusão, de acordo com o artigo 359 L da Lei 14.197 da constituição federal, o mesmo no qual estão enquadrados Bolsonaro e a organização criminosa a qual é acusado de comandar.
Eles atuaram de forma semelhante aos vândalos que tentaram impedir o funcionamento dos Três Poderes. Agiram como caminhoneiros que bloqueiam as estradas. Não foi obstrução, foi motim.
É caso de suspensão e cassação. É quebra de decoro. Mas é mais grave: é um atentado ao estado de direito:
“Tentar abolir o Estado Democrático de Direito impedindo o funcionamento de um ou mais Poderes da República”.
Merecem ser investigados no mesmo inquérito de seu guia e mentor.
O mais esdrúxulo é que os próprios deputados e senadores tentaram impedir o seu Poder de funcionar; geralmente é o papel do Executivo, quando seu ocupante vira ditador. Além de irresponsáveis, kamikazes.
Nas redações que comandou, Mino Carta chamava de “fanáticos do apocalipse” os colegas que (como eu) viam imperfeições na Nova República. Um óbvio exagero.
Fanáticos do apocalipse mesmo - como estamos cansados de ver - são os bolsonaristas.
Alex Solnik
Alex Solnik, jornalista, é autor de "O dia em que conheci Brilhante Ustra" (Geração Editorial)
2744 artigos
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