Noiva de um dos presos da Ludus acusa juiz criminal de pedir R$ 300 mil de propina e estende acusação ao Tribunal de Justiça de Rondônia
Meryelle Oliveira afirmou: Meu sogro preferiu ficar preso do q pagar 300 mil p juiz criminal q nao precisamos citar o nome ,e completou: O crime foi do poder judiciario pedir 300 mil p soltura..."
A modelo Meryelle Oliveira, noiva de Juan Alex, filho do prefeito de Ouro Preto, Alex Testoni, acusou um juiz criminal de ter pedido propina de R$ 300 mil para soltar os dois, que estavam presos pela acusação de corrupção. Em comentários sobre a postagem da liberação dos 14 presos, entre eles os Testoni (pai e filho), Meryelle Oliveira afirmou, “Meu sogro preferiu ficar preso do q pagar 300 mil p juiz criminal q nao precisamos citar o nome” e completou em outro comentário “O crime foi do poder judiciario pedir 300 mil p soltura, eles não quiseram e sim esperar pela justiça”. Juan Alex, AAlex Testoni, Lúcio Mosquini e outros 11 foram liberados na manhã desta sexta-feira por liminar do Superior Tribunal de Justiça e devem responder o processo em liberdade.
A prisão de Alex Testoni, seu filho , do deputado federal eleito Lúcio Mosquini (PMDB) e demais acusados de envolvimento em corrupção no Governo do Estado foi determinada pelo desembargador Oudivanil de Marins, do Tribunal de Justiça de Rondônia. Nenhum juiz de primeiro grau pode revogar a decisão do magistrado do TJ.
ENTENDA A OPERAÇÃO LUDUS
O Ministério Público do Estado de Rondônia deflagrou na manhã do dia 3 de dezembro a Operação Ludus, fruto do trabalho investigativo do seu Centro de Atividades Extrajudiciais (CAEX) e do seu Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), bem como dos policiais civis a eles cedidos, das Promotorias de Justiça do Urbanismo e Saúde Pública da Comarca de Porto Velho, além do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO).
Para deflagração da operação, o Ministério Público contou com a parceria da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Companhia de Operações Especiais da Polícia Militar (COE-PMRO), que empreenderam as imprescindíveis diligências destinadas ao cumprimento dos mandados de prisão e busca e apreensão.
A investigação levou à descoberta de uma sólida organização criminosa instalada no poder público estadual, que se destacou na prática de crimes, notadamente falsidade ideológica, uso de documento falso, fraude a licitação, peculato, lavagem de dinheiro, entre outros, a qual contava com a efetiva participação de empresários, policiais militares e agentes políticos de reconhecido poder no âmbito estadual e federal.
Os trabalhos investigativos iniciaram em agosto de 2014 e tiveram como foco, além da organização criminosa, a contratação e a execução da obra pública popularmente conhecida como “O Novo Espaço Alternativo” de Porto Velho, terceirizada pelo Departamento de Estradas de Rodagem deste Estado de Rondônia (DER), ao preço final de R$ 22.802.088,73 (vinte e dois milhões oitocentos e dois mil e oitenta e oito reais e setenta e três centavos).
Foram cumpridos, por força de decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, 14 mandados de prisão preventiva, 33 mandados de busca e apreensão, além de diversas ordens de suspensão de função pública, proibição de acesso a órgãos públicos, indisponibilidade de bens e outras medidas cautelares nas cidades de Porto Velho, Ariquemes, Jaru, Ouro Preto e Ji-Paraná.
O nome da operação é uma referência ao local da Grécia antiga, no qual eram realizadas atividades desportivas. Mais informações sobre a operação serão prestadas em entrevista coletiva às 15 horas, no edifício-sede do Ministério Público do Estado de Rondônia.
Painel Político Alen Alex