OAB é convidada a mediar demandas na Reserva Roosevelt, em Espigão do Oeste

O advogado está no local, até sábado (8), para atuar como mediador em demandas relacionadas às violações de direitos humanos, que ocorrem nas inúmeras aldeias da tribo.

Ascom OAB/RO
Publicada em 08 de julho de 2017 às 10:51
OAB é convidada a mediar demandas na Reserva Roosevelt, em Espigão do Oeste

O presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH) da Seccional Rondônia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RO), Esequiel Roque do Espírito Santo, foi convidado, pela liderança do povo indígena da etnia Cinta-Larga, a realizar uma visita à Reserva Roosevelt, em Espigão do Oeste. O advogado está no local, até sábado (8), para atuar como mediador em demandas relacionadas às violações de direitos humanos, que ocorrem nas inúmeras aldeias da tribo.

Na região, residem centenas de crianças, adolescentes, idosos e suas famílias. Conforme Esequiel, muitos têm vivido em extrema pobreza, sem apoio do Estado, nem dos órgãos federais de proteção. “Tornando a situação ainda mais complexa, existe uma forte pressão dos garimpeiros, que aliciam alguns indígenas, fragilizados pela situação social, a fim de invadirem suas aldeias, retirando enormes quantidades de diamantes e ouro da Reserva Roosevelt. Tal ocorrência vem colocando em alto risco a vida de centenas de indígenas, principalmente mulheres e crianças, cujas famílias não usufruem das riquezas extraídas da própria terra”, conta.

A situação tem causado uma crise interna e conflitos crescentes entre as lideranças indígenas. Com isso, a tribo está sendo ameaçada de ter seus principais líderes presos e processados pela ação do garimpo ilegal. “Medidas urgentes devem ser tomadas pelas autoridades competentes de proteção dos Povos Indígenas, para que os líderes do Povo Cinta-Larga não sejam responsabilizados pelos crimes cometidos por garimpeiros não índios, que se aproveitam da situação de fragilidade do Povo, roubando-lhes as riquezas. Essa Reserva indígena já foi palco de inúmeras tragédias, tais como o conhecido Massacre do Paralelo 11, onde milhares de indígenas foram mortos, por garimpeiros e invasores das terras indígena Cinta-Larga. Bem como, de tantas outras mortes de garimpeiros que perderam suas vidas ao enfrentarem indígenas numa guerra sangrenta”, destaca Esequiel.

Após ouvir todas as demandas, a Comissão vai analisar as questões para sugerir medidas e cobrar soluções das autoridades competentes.

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