Privatização suspeita e a sucessão amarga: um desgaste atrás do outro ameaça pretensões de Marcos Rocha ao Senado

...a tentativa de privatização da saúde pública em Porto Velho — negócio que envolve cerca de R$ 500 milhões dos cofres estaduais e tem sido alvo de duras críticas e suspeitas de favorecimento à empresa Mediall Brasil Gestão em Saúde, de Goiânia

Fonte: RUBENS COUTINHO, EDITOR DO TUDORONDONIA - Publicada em 15 de abril de 2025 às 16:47

Privatização suspeita e a sucessão amarga: um desgaste atrás do outro ameaça pretensões de Marcos Rocha ao Senado

Com um histórico cada vez mais desgastado, o governador Marcos Rocha (União Brasil) enfrenta um dos momentos mais críticos de sua trajetória política, justamente quando pretende alçar voos maiores em 2026. Um dos episódios mais polêmicos de sua gestão, que coloca em xeque sua viabilidade como candidato ao Senado, é a tentativa de privatização da saúde pública em Porto Velho — negócio que envolve cerca de R$ 500 milhões dos cofres estaduais e tem sido alvo de duras críticas e suspeitas de favorecimento à empresa Mediall Brasil Gestão em Saúde, de Goiânia.

A proposta do Governo de Rondônia prevê a transferência da gestão de unidades de saúde para a iniciativa privada, com contrato milionário. Bastou o anúncio do processo para surgirem denúncias de direcionamento, ausência de transparência e indícios de um possível “jogo de cartas marcadas”. A repercussão negativa é só mais uma entre as várias turbulências enfrentadas por Rocha.

Que diabos são “Built to Suit” (BTS) e  “Market Sounding” ? Antes que estes termos exóticos fossem compreendidos até pelos que se consideram entendidos, a coisa foi pro vinagre. 

Veja só: apesar de estar no segundo mandato, o governador parece repetir erros primários de gestão. A condução do projeto do novo Hospital de Urgência e Emergência (Heuro) é um exemplo emblemático. Anunciado com pompa como uma iniciativa inovadora em modelo “Built to Suit” (BTS) (???), e com apoio da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), o projeto foi um desastre político, administrativo e econômico. O evento “Market Sounding” (???), feito por videoconferência para atrair investidores, foi mais uma patacoada . O que se viu depois foi apenas o desperdício de recursos e o agravamento do caos no Pronto-Socorro João Paulo II.

Não satisfeito, o governo ainda tentou comprar um hospital já existente para substituir o João Paulo II. O resultado foi mais uma crise, desta vez com suspeitas de tentativa de superfaturamento milionário e denúncias de  irregularidades nunca devidamente esclarecidas por quem deveria acompanhar estas coisas: o Ministério Público, o Tribunal de Contas e os deputados estaduais. Mas todos estão ocupados demais torrando o dinheiro público com as próprias vantagens para se preocuparem com quem está deitado no chão infecto de um hospital.

 Agora, o Governo fala em  entregar a saúde pública à gestão privada — e o desgaste só aumenta. Vide o protesto que servidores da saúde fizeram na manhã desta terça-feira, 15, em frente ao João Paulo II, isso apesar da inércia do  letárgico e pelego sindicato que os representa. 

Esse cenário torna ainda mais complexa a projeção de Marcos Rocha como pré-candidato ao Senado Federal. Para disputar o cargo, ele precisará renunciar ao governo até 4 de abril de 2026. Com isso, deixará a máquina nas mãos de seu vice, Sérgio Gonçalves — irmão de Junior Gonçalves, ex-secretário-chefe da Casa Civil que foi exonerado de forma humilhante após prolongada fritura política. O ressentimento é evidente, e a aliança interna está visivelmente abalada.

Rocha, que já enfrenta o isolamento dentro da própria base e vem sendo tratado como um “pato manco” — expressão do jargão político para governantes que já não detêm mais força política — corre o risco de deixar o cargo sem apoio, sem controle da máquina e com um sucessor pouco confiável em seu encalço.

Para quem sonha com uma das duas vagas ao Senado em 2026, Marcos Rocha terá de lidar não só com adversários externos, mas com os próprios escombros que sua gestão vem deixando. Como dizia o saudoso jornalista João Tavares, do lendário Jornal Alto Madeira: quem viver verá.

Privatização suspeita e a sucessão amarga: um desgaste atrás do outro ameaça pretensões de Marcos Rocha ao Senado

...a tentativa de privatização da saúde pública em Porto Velho — negócio que envolve cerca de R$ 500 milhões dos cofres estaduais e tem sido alvo de duras críticas e suspeitas de favorecimento à empresa Mediall Brasil Gestão em Saúde, de Goiânia

RUBENS COUTINHO, EDITOR DO TUDORONDONIA
Publicada em 15 de abril de 2025 às 16:47
Privatização suspeita e a sucessão amarga: um desgaste atrás do outro ameaça pretensões de Marcos Rocha ao Senado

Com um histórico cada vez mais desgastado, o governador Marcos Rocha (União Brasil) enfrenta um dos momentos mais críticos de sua trajetória política, justamente quando pretende alçar voos maiores em 2026. Um dos episódios mais polêmicos de sua gestão, que coloca em xeque sua viabilidade como candidato ao Senado, é a tentativa de privatização da saúde pública em Porto Velho — negócio que envolve cerca de R$ 500 milhões dos cofres estaduais e tem sido alvo de duras críticas e suspeitas de favorecimento à empresa Mediall Brasil Gestão em Saúde, de Goiânia.

A proposta do Governo de Rondônia prevê a transferência da gestão de unidades de saúde para a iniciativa privada, com contrato milionário. Bastou o anúncio do processo para surgirem denúncias de direcionamento, ausência de transparência e indícios de um possível “jogo de cartas marcadas”. A repercussão negativa é só mais uma entre as várias turbulências enfrentadas por Rocha.

Que diabos são “Built to Suit” (BTS) e  “Market Sounding” ? Antes que estes termos exóticos fossem compreendidos até pelos que se consideram entendidos, a coisa foi pro vinagre. 

Veja só: apesar de estar no segundo mandato, o governador parece repetir erros primários de gestão. A condução do projeto do novo Hospital de Urgência e Emergência (Heuro) é um exemplo emblemático. Anunciado com pompa como uma iniciativa inovadora em modelo “Built to Suit” (BTS) (???), e com apoio da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), o projeto foi um desastre político, administrativo e econômico. O evento “Market Sounding” (???), feito por videoconferência para atrair investidores, foi mais uma patacoada . O que se viu depois foi apenas o desperdício de recursos e o agravamento do caos no Pronto-Socorro João Paulo II.

Não satisfeito, o governo ainda tentou comprar um hospital já existente para substituir o João Paulo II. O resultado foi mais uma crise, desta vez com suspeitas de tentativa de superfaturamento milionário e denúncias de  irregularidades nunca devidamente esclarecidas por quem deveria acompanhar estas coisas: o Ministério Público, o Tribunal de Contas e os deputados estaduais. Mas todos estão ocupados demais torrando o dinheiro público com as próprias vantagens para se preocuparem com quem está deitado no chão infecto de um hospital.

 Agora, o Governo fala em  entregar a saúde pública à gestão privada — e o desgaste só aumenta. Vide o protesto que servidores da saúde fizeram na manhã desta terça-feira, 15, em frente ao João Paulo II, isso apesar da inércia do  letárgico e pelego sindicato que os representa. 

Esse cenário torna ainda mais complexa a projeção de Marcos Rocha como pré-candidato ao Senado Federal. Para disputar o cargo, ele precisará renunciar ao governo até 4 de abril de 2026. Com isso, deixará a máquina nas mãos de seu vice, Sérgio Gonçalves — irmão de Junior Gonçalves, ex-secretário-chefe da Casa Civil que foi exonerado de forma humilhante após prolongada fritura política. O ressentimento é evidente, e a aliança interna está visivelmente abalada.

Rocha, que já enfrenta o isolamento dentro da própria base e vem sendo tratado como um “pato manco” — expressão do jargão político para governantes que já não detêm mais força política — corre o risco de deixar o cargo sem apoio, sem controle da máquina e com um sucessor pouco confiável em seu encalço.

Para quem sonha com uma das duas vagas ao Senado em 2026, Marcos Rocha terá de lidar não só com adversários externos, mas com os próprios escombros que sua gestão vem deixando. Como dizia o saudoso jornalista João Tavares, do lendário Jornal Alto Madeira: quem viver verá.

Comentários

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    Jota avila 17/04/2025

    Governador incompetente, fraco. Desprovido de credibilidade. Pior governador que já tivemos.

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    Pedro nunes 17/04/2025

    Uma corrupcao estruturada. O TJ de rondonia está na Pinheiro Machado. Lá era.para ser.hospital aí pergunto e o espaço interno perdido como ficou. Quem vai lá tem corredores feitos para maca etc o que perde de espaço etc e aí. Este prejuizo

  • 3
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    Marinalva de Oliveira 17/04/2025

    O ANTÔNIO NOGUEIRA, que comentou abaixo, já está fazendo abertamente campanha para o Sérgio Gonçalves. Não é este senhor, Antônio, que já está prometendo um HEURO para o povo de Rondônia? Você vai votar nele mesmo sabendo que o mesmo foi vice do "Coronel do pé quebrado", do "Pato Manco" como você mesmo diz e que como todos os outros já está fazendo as suas promessas? Você é louco, cara? Louco ou não entende NADA de política. Qual a diferença entre o Pato Manco e o cara que quebrou o Supermercado do pai dele?

  • 4
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    Antonio Carlos Cruz Veiga 17/04/2025

    E quanto ao sr. Carlson Lima,Tereza Cristina é senadora pelo Mato Grosso do Sul.

  • 5
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    Antonio Carlos Cruz Veiga 17/04/2025

    Como diz o João Cavernoso, que deve voltar a suas origens, pras cavernas, quando ele se auto intitula,burro, tapado e analfabeto, que ele faça uma breve análise, o ex senador raupp,deixou o funcionalismo sem receber por 6 meses, virou senador por 16 anos, Confúcio abriu a porta pra PF prender seu sobrinho assesor, também virou senador por 16 anos ,vai deixar de ser senador, porque foi defender o Lula, então realmente o Cavernoso tem razão.

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    Luisa 16/04/2025

    Quem for contratado através de processo seletivo se prepare p ficar meses sem receber!! Foi assim em todos os estados que implantaram OSS , amazonas, Cuiabá, Goiânia, e por aí vai! E lógico Rondônia não será diferente!

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    ANTONIO NOGUEIRA 16/04/2025

    ESSE SIM SERÁ O PATO MANCO DA ELEIÇÃO DE 2026. NÃO SE ELEGE A NADA, MUITO MENOS A PATA MANCA DA MULHER. É SUBSTIMAR SOBREMANEIRA O ELEITOR . VAI TER QUE IMPLORAR UM CARGUINHO DE SECRETARIO PARA SERGIO GONÇALVES NOSSO FUTURO GOVERNADOR, ACABAR NO OSTRASCISMOS, LUGAR DOS INCOMPETENTES.

  • 8
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    João Cavernoso 16/04/2025

    Esse bolsonarista incompetente achou pouco a enrolação que fez ao povo de Rondônia com o tal "BUILT TO SUIT" e ainda quer ser Senador e a esposa Deputada Federal. Isso sem falar que o memso ainda quer emplacar o tal do Gonçalves como seu sucessor. Aliás, esse Gonçalves já está prometendo um HEURO para Porto Velho assim na maior cara de pau. O triste é saber que eles conseguem: o eleitor de Rondônia, no geral, é muito burro, tapado, analfabeto, bolsonarista e que só serve mesmo para ser massa de manobra desses políticos inescrupulosos. Fora, Bolsonaro! Fora, Marcos Rocha! Fora, Fernando Máximo! Fora, Coronel Crisóstomo! Fora, Jaime Bagatoli, Fora, Marcos Rogério, Lebrão e tantos outros! Fora, deputados e senadores enganadores do povo pobre! Só que esse mesmo POVO POBRE quer todos eles dentro.

  • 9
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    Carlson Lima 15/04/2025

    Não existe nada que não possa piorar. Se perder a vaga para o senado, para Tereza Cristina e Fernando Máximo vai ter muitos problemas sem imunidade parlamentar. Esse governo nunca governou e é um governo de rolos como o disse o Coroné que é deputado federal folclórico por Rondônia no Programa Fala Rondônia antes da pandemia.

  • 10
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    Gilzelia Pereira 15/04/2025

    E os aluguéis milionários das escolas estaduais em Rondônia alagadas de amigos políticos e empresários em Porto Velho quando vão começar INVESTIGAR MP e TCE? Esse governo, definitivamente foge do conceito ética, lisura, e transparência. Não tem um mandatário neste país do time Deus pátria e família que escape no Brasil. Bolsonaro é o mestre de um bando de malandros que se escondem por trás de púlpitos e bíblias. Alguém já esqueceu da propina em ouro e bíblias no MEC do governo marginal de Jair Bolsonaro?

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    Gilzelia Pereira 15/04/2025

    O que aconteceria se investigasse a SESAU, SEDUC e a secretária de Assistência Social do Estado de Rondônia? Teríamos muitas pessoas infartando no primeiro escalão do governo rocha kkkkkk.

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