PROFESSORES DA UNIR INICIAM GREVE NESTA SEGUNDA-FEIRA, 15/04

A categoria acompanha a mobilização nacional de ANDES – Sindicato Nacional dos Docentes das Universidades e de outras categorias que estão em Greve. Os Técnicos Administrativos em Educação da UNIR já haviam cruzado os braços em 18 de março

Fonte: Assessoria/ADUNIR - Publicada em 15 de abril de 2024 às 11:46

PROFESSORES DA UNIR INICIAM GREVE NESTA SEGUNDA-FEIRA, 15/04

A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Rondônia (ADUNIR), Seção Sindical do ANDES - Sindicato Nacional deliberou no dia 19 de março de 2024, acompanhando as deliberações das demais seções sindicais do ANDES-SN, a deflagração de greve dos professores da UNIR a partir do 15 de abril (segunda-feira).

A pauta dos professores é: 1) Reajuste salarial, conforme reivindicação do conjunto do (a)s servidores(a)s público(a)s que corresponde a 7,06% em 2024, de 7,06% em 2025, de 7,06% em 2026; 2) Destinação de orçamento público em condições ideais para as Universidades e Institutos Federais3) Reestruturação da carreira docente com valorização das condições de trabalho; 4) Revogaço de medidas antissindicais, antidemocráticas e contrarreformas; 4) Que a Universidade Federal de Rondônia respeite o resultado da consulta à comunidade para a escolha de vice-reitor realizada em dezembro de 2023; 5) Melhoria das condições de trabalho dos docentes e técnicos administrativos em todos os campi da universidade.

A greve na UNIR já tem a adesão dos professores do campus de Porto Velho e dos campi do interior. Vários cursos têm adesão de 100% dos professores, como os cursos de Medicina, Direito, Jornalismo, Economia, Administração, Enfermagem, História, Biblioteconomia e Ciências Sociais. A adesão parcial avança em todos os cursos.

SITUAÇÃO CAÓTICA NAS UNIVERSIDADES E INSTITUTOS FEDERAIS

O orçamento para as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) em 2024 teve um corte de R$ 310 milhões, aumentando ainda mais a crise vivida nas universidades, seguindo a mesma política de cortes de governos anteriores. Entre 2010 e 2021, os cortes no orçamento para custeio foram de 37%, enquanto os investimentos sofreram uma redução de cerca de 70%. O MEC teve um aumento de orçamento de 14,14% de 2023 para 2024, mas as universidades federais tiveram uma diminuição de quase 5% entre 2023 e 2024. O orçamento do MEC em 2023 foi de R$ 158.963.838.553,00 e em 2024 é de R$ 181.441.420.912, aumentando 14,14%. O orçamento das universidades federais em 2023 foi de R$ 6.268.746.880, mas em 2024 o orçamento dessas instituições é menor, de R$ 5.957.807.724, uma queda de R$ 310.939.156, o que significa 4,96% de corte.

Segundo a presidente da ADUNIR, Prof. Marilsa Miranda de Souza, “A política de redução do orçamento tem como resultado o sucateamento e o desmonte do ensino público superior, ao mesmo tempo em que favorece a expansão do ensino privado. Os cortes no orçamento afetam diretamente o pagamento de bolsas, aquisição de insumos laboratoriais, financiamento de pesquisas, paralisam obras e inviabilizam as possibilidades de expansão de mais vagas na Rede Federal. É visível na UNIR prédios caindo aos pedaços, falta de salas de aula e de infraestrutura básica para funcionamento dos cursos de graduação e pós-graduação”.

SERVIDORES DO INSTITUTO FEDERAL DE RONDÔNIA (IFRO) UNIFICAM A MOBILIZAÇÃO COM SERVIDORES DA UNIR

Além da greve na UNIR, os servidores do Instituto Federal (IFRO), iniciaram greve na última semana. A paralisação do IFRO atinge as unidades de Porto Velho, Ariquemes, Guajará-Mirim, Jaru, Cacoal, Ji-Paraná, Vilhena e São Miguel do Guaporé. Em Porto Velho, além das atividades realizadas nas unidades, o comando de greve da UNIR e do IFRO encaminharam, conjuntamente, a realização de atividades que incluem um ato público unificado no dia 17 de abril (quarta-feira), 15h, na praça Getúlio Vargas.

A mobilização estadual objetiva reforçar a agenda de atividades em Brasília, onde as diversas categorias estarão concentrando protestos, exigindo do governo  o atendimento da pauta de reivindicações. Após a pressão e a mobilização em nível nacional, o governo federal sinalizou para uma rodada de negociações com as categorias em greve.

ESTUDANTES INTEGRAM O MOVIMENTO

A greve dos servidores da Educação Federal tem apoio de diversas entidades estudantis que, publicamente, manifestaram seu apoio. Grêmios Estudantis do IFRO e Centros Acadêmicos também declararam publicamente seu apoio ao movimento grevista. É o caso do Centro Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Rondônia (CAMUFRO), que em NOTA OFICIAL que já em 10 de abril, postou em suas redes que “compreende a relevância das reivindicações apresentadas” e entende que “a greve dos professores é uma resposta legítima à falta de avanço nas negociações com o Governo Federal em relação às demandas por reestruturação da carreira e recomposição salarial” (A nota do CAMUFRO pode ser encontrada em: https://www.instagram.com/p/C5lcilkLZcQ/?igsh=dTRid2N5YzFpcHY%3D).

Também, os acadêmicos do Curso de Enfermagem da UNIR, manifestaram seu apoio à greve em  

Nota oficial: “O Centro Acadêmico Do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Rondônia (CAENF) diante do contexto atual do movimento de greve dos docentes e técnicos das instituições de ensino superior e compreende a relevância das reivindicações apresentadas”. A nota ainda defende, “que a greve é uma resposta constitucional (Art. 9) e legitima, devido à falta de avanço nas negociações com Governo Federal em relação às demandas por reestruturação da carreira e recomposição salarial e a não sucateamento das instituições de ensino superior. (A nota do CAENF está disponível em: https://www.instagram.com/p/C5r4YNUMvE1/?igsh=MTY2NGNmcXlyOHB5aw%3D%3D)

Representantes do DCE/UNIR também participaram da plenária unificada da UNIR que reuniu professores, técnicos e estudantes para encaminhar as diversas agendas de mobilização. A mobilização dos cursos, com passagens em sala e panfletagem, também unificou as três categorias no campus de Porto Velho, a partir do início do semestre letivo. Em apoio a greve, a reitoria da UNIR suspendeu a semana de acolhimento do início do semestre, que deveria iniciar no último dia 11.

As informações sobre a greve dos professores da UNIR pode ser encontrada em: https://adunir.com.br/

PROFESSORES DA UNIR INICIAM GREVE NESTA SEGUNDA-FEIRA, 15/04

A categoria acompanha a mobilização nacional de ANDES – Sindicato Nacional dos Docentes das Universidades e de outras categorias que estão em Greve. Os Técnicos Administrativos em Educação da UNIR já haviam cruzado os braços em 18 de março

Assessoria/ADUNIR
Publicada em 15 de abril de 2024 às 11:46
PROFESSORES DA UNIR INICIAM GREVE NESTA SEGUNDA-FEIRA, 15/04

A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Rondônia (ADUNIR), Seção Sindical do ANDES - Sindicato Nacional deliberou no dia 19 de março de 2024, acompanhando as deliberações das demais seções sindicais do ANDES-SN, a deflagração de greve dos professores da UNIR a partir do 15 de abril (segunda-feira).

A pauta dos professores é: 1) Reajuste salarial, conforme reivindicação do conjunto do (a)s servidores(a)s público(a)s que corresponde a 7,06% em 2024, de 7,06% em 2025, de 7,06% em 2026; 2) Destinação de orçamento público em condições ideais para as Universidades e Institutos Federais3) Reestruturação da carreira docente com valorização das condições de trabalho; 4) Revogaço de medidas antissindicais, antidemocráticas e contrarreformas; 4) Que a Universidade Federal de Rondônia respeite o resultado da consulta à comunidade para a escolha de vice-reitor realizada em dezembro de 2023; 5) Melhoria das condições de trabalho dos docentes e técnicos administrativos em todos os campi da universidade.

A greve na UNIR já tem a adesão dos professores do campus de Porto Velho e dos campi do interior. Vários cursos têm adesão de 100% dos professores, como os cursos de Medicina, Direito, Jornalismo, Economia, Administração, Enfermagem, História, Biblioteconomia e Ciências Sociais. A adesão parcial avança em todos os cursos.

SITUAÇÃO CAÓTICA NAS UNIVERSIDADES E INSTITUTOS FEDERAIS

O orçamento para as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) em 2024 teve um corte de R$ 310 milhões, aumentando ainda mais a crise vivida nas universidades, seguindo a mesma política de cortes de governos anteriores. Entre 2010 e 2021, os cortes no orçamento para custeio foram de 37%, enquanto os investimentos sofreram uma redução de cerca de 70%. O MEC teve um aumento de orçamento de 14,14% de 2023 para 2024, mas as universidades federais tiveram uma diminuição de quase 5% entre 2023 e 2024. O orçamento do MEC em 2023 foi de R$ 158.963.838.553,00 e em 2024 é de R$ 181.441.420.912, aumentando 14,14%. O orçamento das universidades federais em 2023 foi de R$ 6.268.746.880, mas em 2024 o orçamento dessas instituições é menor, de R$ 5.957.807.724, uma queda de R$ 310.939.156, o que significa 4,96% de corte.

Segundo a presidente da ADUNIR, Prof. Marilsa Miranda de Souza, “A política de redução do orçamento tem como resultado o sucateamento e o desmonte do ensino público superior, ao mesmo tempo em que favorece a expansão do ensino privado. Os cortes no orçamento afetam diretamente o pagamento de bolsas, aquisição de insumos laboratoriais, financiamento de pesquisas, paralisam obras e inviabilizam as possibilidades de expansão de mais vagas na Rede Federal. É visível na UNIR prédios caindo aos pedaços, falta de salas de aula e de infraestrutura básica para funcionamento dos cursos de graduação e pós-graduação”.

SERVIDORES DO INSTITUTO FEDERAL DE RONDÔNIA (IFRO) UNIFICAM A MOBILIZAÇÃO COM SERVIDORES DA UNIR

Além da greve na UNIR, os servidores do Instituto Federal (IFRO), iniciaram greve na última semana. A paralisação do IFRO atinge as unidades de Porto Velho, Ariquemes, Guajará-Mirim, Jaru, Cacoal, Ji-Paraná, Vilhena e São Miguel do Guaporé. Em Porto Velho, além das atividades realizadas nas unidades, o comando de greve da UNIR e do IFRO encaminharam, conjuntamente, a realização de atividades que incluem um ato público unificado no dia 17 de abril (quarta-feira), 15h, na praça Getúlio Vargas.

A mobilização estadual objetiva reforçar a agenda de atividades em Brasília, onde as diversas categorias estarão concentrando protestos, exigindo do governo  o atendimento da pauta de reivindicações. Após a pressão e a mobilização em nível nacional, o governo federal sinalizou para uma rodada de negociações com as categorias em greve.

ESTUDANTES INTEGRAM O MOVIMENTO

A greve dos servidores da Educação Federal tem apoio de diversas entidades estudantis que, publicamente, manifestaram seu apoio. Grêmios Estudantis do IFRO e Centros Acadêmicos também declararam publicamente seu apoio ao movimento grevista. É o caso do Centro Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Rondônia (CAMUFRO), que em NOTA OFICIAL que já em 10 de abril, postou em suas redes que “compreende a relevância das reivindicações apresentadas” e entende que “a greve dos professores é uma resposta legítima à falta de avanço nas negociações com o Governo Federal em relação às demandas por reestruturação da carreira e recomposição salarial” (A nota do CAMUFRO pode ser encontrada em: https://www.instagram.com/p/C5lcilkLZcQ/?igsh=dTRid2N5YzFpcHY%3D).

Também, os acadêmicos do Curso de Enfermagem da UNIR, manifestaram seu apoio à greve em  

Nota oficial: “O Centro Acadêmico Do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Rondônia (CAENF) diante do contexto atual do movimento de greve dos docentes e técnicos das instituições de ensino superior e compreende a relevância das reivindicações apresentadas”. A nota ainda defende, “que a greve é uma resposta constitucional (Art. 9) e legitima, devido à falta de avanço nas negociações com Governo Federal em relação às demandas por reestruturação da carreira e recomposição salarial e a não sucateamento das instituições de ensino superior. (A nota do CAENF está disponível em: https://www.instagram.com/p/C5r4YNUMvE1/?igsh=MTY2NGNmcXlyOHB5aw%3D%3D)

Representantes do DCE/UNIR também participaram da plenária unificada da UNIR que reuniu professores, técnicos e estudantes para encaminhar as diversas agendas de mobilização. A mobilização dos cursos, com passagens em sala e panfletagem, também unificou as três categorias no campus de Porto Velho, a partir do início do semestre letivo. Em apoio a greve, a reitoria da UNIR suspendeu a semana de acolhimento do início do semestre, que deveria iniciar no último dia 11.

As informações sobre a greve dos professores da UNIR pode ser encontrada em: https://adunir.com.br/

Comentários

  • 1
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    Enilza 16/04/2024

    Concordo se é para melhorar as universidades, a educação isso é democracia. Todo governo democrático houve a voz do povo por isso temos um governo que nos houve!

  • 2
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    José 16/04/2024

    A estupidez bolsonarista não tem limites! Um vagabundo passou 4 anos andando de moto e jetsky, o Temer passou dois anos administrando o golpe, e portanto, nada se fez nesse período em favor de servidores, agora, com razão, os servidores cobram do atual gestor, mas os idiotas são incapazes de perceber. Isso prova que é muito fácil iludir bolsonaristas.

  • 3
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    Jairo Batista 15/04/2024

    O amor continua vencendo!

  • 4
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    edgard alves feitosa 15/04/2024

    Companheiros, não se afobem, afinal o mula precisa pagar SUBSÍDIOS...INCENTIVOS FISCAIS E RENUNCIA FISCAL A INUMERAS EMPRESAS CAPITALISTAS.... precisa pagar AS EMENDAS BILIONÁRIAS DO CENTRÃO... PRECISA PAGAR SUBSÍDIOS PARA AS EMPRESAS DE ENERGIA ELÉTRICA..... precisa pagar OS MULTIMILIONÁRIOS PENDURICALHOS DOS MINISTROS .....ONDE CORTAR????? CLARO NA SAÚDE....NA EDUCAÇÃO...LULA E JANJA PRECISAM COMPRAR MÓVEIS NOVOS.....

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Winz

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