RESPEITO NÃO SE NEGOCIA

Respeito é o mínimo. E isso precisa ser dito em alto e bom som

Fonte: Jotta Junior/Foto: Geraldo Magela/Agência Senado - Publicada em 28 de maio de 2025 às 15:21

RESPEITO NÃO SE NEGOCIA

Tenho discordâncias sérias com a Ministra Marina Silva — principalmente quanto à não conclusão da BR-319, à paralisação da Transamazônica e ao bloqueio da exploração da Margem Equatorial. Em muitos momentos, sua atuação parece mais atender interesses de fora do que o desenvolvimento real do nosso país. E sim, isso precisa ser criticado. Mas o que aconteceu ontem no Senado ultrapassa qualquer limite civilizado.

Marina tem uma trajetória de luta, coragem e resistência. Esteve ao lado de Chico Mendes, que foi assassinado por defender a Amazônia. Ela não merece, jamais, ser tratada com o racismo, o machismo e o desprezo que sofreu ali. Discordar das ideias dela é uma coisa. Tentar humilhar uma mulher que venceu o impossível para estar onde está — é outra bem diferente.

O senador Marcos Rogério, advogado de Bolsonaro, passou de todos os limites ao dizer que Marina deveria “se colocar no seu lugar”. Mas que lugar seria esse, senador? O da submissão? O do silêncio? Esse tipo de frase revela o que ele realmente pensa sobre o papel da mulher na política e na sociedade.

Às mulheres de Rondônia e do Brasil: é esse o tipo de representante que vocês querem no Senado? Alguém que humilha uma mulher negra, amazônida, ministra de Estado, diante de todo o país?

A crítica política é legítima. A violência simbólica, o preconceito e a arrogância não. Marina Silva pode — e deve — ser questionada por suas decisões como ministra. Mas nunca atacada por sua existência.

Respeito é o mínimo. E isso precisa ser dito em alto e bom som.

RESPEITO NÃO SE NEGOCIA

Respeito é o mínimo. E isso precisa ser dito em alto e bom som

Jotta Junior/Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Publicada em 28 de maio de 2025 às 15:21
RESPEITO NÃO SE NEGOCIA

Tenho discordâncias sérias com a Ministra Marina Silva — principalmente quanto à não conclusão da BR-319, à paralisação da Transamazônica e ao bloqueio da exploração da Margem Equatorial. Em muitos momentos, sua atuação parece mais atender interesses de fora do que o desenvolvimento real do nosso país. E sim, isso precisa ser criticado. Mas o que aconteceu ontem no Senado ultrapassa qualquer limite civilizado.

Marina tem uma trajetória de luta, coragem e resistência. Esteve ao lado de Chico Mendes, que foi assassinado por defender a Amazônia. Ela não merece, jamais, ser tratada com o racismo, o machismo e o desprezo que sofreu ali. Discordar das ideias dela é uma coisa. Tentar humilhar uma mulher que venceu o impossível para estar onde está — é outra bem diferente.

O senador Marcos Rogério, advogado de Bolsonaro, passou de todos os limites ao dizer que Marina deveria “se colocar no seu lugar”. Mas que lugar seria esse, senador? O da submissão? O do silêncio? Esse tipo de frase revela o que ele realmente pensa sobre o papel da mulher na política e na sociedade.

Às mulheres de Rondônia e do Brasil: é esse o tipo de representante que vocês querem no Senado? Alguém que humilha uma mulher negra, amazônida, ministra de Estado, diante de todo o país?

A crítica política é legítima. A violência simbólica, o preconceito e a arrogância não. Marina Silva pode — e deve — ser questionada por suas decisões como ministra. Mas nunca atacada por sua existência.

Respeito é o mínimo. E isso precisa ser dito em alto e bom som.

Comentários

  • 1
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    José Antônio Borja 29/05/2025

    O político mesquinho Marcos Rogério é uma vergonha nacional. Com tantos rondonienses sérios e competentes, elegemos ao Senado da República um sujeito sem caráter e totalmente despreparado. Vergonha !

  • 2
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    Inácio Azevedo 29/05/2025

    Na realidade, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi alvo de uma saraivada de ataques misóginos. Os senadores até tentaram disfarçar o machismo dizendo que estavam criticando a "ministra" e não a "mulher". A misoginia —o ódio às mulheres—Quando o senador Marcos Rogério (PL-RO) diz para Marina "ocupar o seu lugar", ele sabe muito bem do que está falando. Na sua visão de mundo ultrapassada, o lugar da mulher é de submissão. Não vimos nenhum Senador fazendo selfie com a ministra, como fizeram com aquela influencer na CPI das Bet’s.

  • 3
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    Mirian Penha Franco 28/05/2025

    Esse cara precisaria nascer de novo, se desconstruir para entender os papeis sociais. É troglotizado pela igreja evangélica e se acha acima do bem e do mal. Por falar nisso, no mal, ele continua defendendo aquele que negava as vacinas, que tripudiou das mortes na pandemia e queria dar um golpe de Estado para retornar à ditadura militar. Será que precisamos de alguém assim no parlamento brasileiro? Muito menos no governo. Só nos envergonha!

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