Saiba o que o senador Jaime Bagattoli quis esconder recorrendo à justiça para silenciar site de notícias
A decisão favorável à liberdade de imprensa foi concedida pelo desembargador Alexandre Miguel, em liminar publicada em 8 de agosto
Porto Velho, RO – O Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO) derrubou a censura que havia sido imposta ao site O Joio e O Trigo após decisão de primeiro grau, que determinava a retirada de uma reportagem investigativa sobre o senador Jaime Bagattoli (PL-RO) e seu grupo empresarial. A decisão favorável à liberdade de imprensa foi concedida pelo desembargador Alexandre Miguel, em liminar publicada em 8 de agosto.
A reportagem censurada, assinada pela jornalista Bruna Bronoski e intitulada “Menos floresta, mais pasto: senador Jaime Bagattoli ameaça a Amazônia com dinheiro do mercado de capitais”, revelou que empresas ligadas ao senador venderam gado proveniente de áreas desmatadas para grandes frigoríficos.
Tentativa de censura judicial
Para tentar silenciar a publicação, o Grupo Bagattoli ingressou com ação judicial alegando que a exposição teria causado abalo à imagem de Orlando Vitório Bagattoli, irmão do senador. Além disso, solicitou segredo de justiça no processo, com o objetivo de restringir o acesso às informações.
A decisão inicial atendia ao pedido e determinava a retirada imediata da reportagem, mas o TJ-RO restabeleceu o direito de acesso público ao conteúdo, encerrando a censura.
A investigação jornalística
O trabalho de Bruna Bronoski cruzou dados ambientais com informações financeiras públicas. O levantamento mostrou que empresas do senador receberam pagamento por meio de um Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), um título de dívida utilizado no mercado de capitais para captar recursos.
Com isso, a reportagem demonstrou que o financiamento foi sustentado mesmo diante de práticas ligadas ao avanço do desmatamento em Rondônia.
Declarações do senador
Em sua defesa, Bagattoli admitiu a comercialização de gado oriundo de áreas com irregularidades ambientais, apontando que o problema seria comum no estado. Segundo o parlamentar, cerca de 50% das terras em Rondônia têm pendências de regularização fundiária ou não possuem licença para desmatamento.
O senador chegou a acusar frigoríficos, como a Minerva Foods, de também adquirirem gado em situação semelhante. Para Bagattoli, caso esse critério fosse levado ao extremo, “teria de fechar os frigoríficos”.
Quem é a Minerva Foods
A Minerva Foods é uma das maiores empresas de proteína animal da América Latina, com atuação em mais de 100 países. A companhia é especializada no processamento e comercialização de carne bovina, couro e derivados. Seu principal mercado está no Brasil, Paraguai, Argentina, Colômbia e Uruguai, com forte presença no comércio internacional.
Contradição política
O episódio ganha relevância política porque o próprio senador Bagattoli tem sido um dos mais enfáticos críticos ao Supremo Tribunal Federal (STF) e, em especial, ao ministro Alexandre de Moraes, a quem acusa de promover censura contra parlamentares conservadores. A tentativa de retirar do ar uma reportagem que o desfavorece expõe a contradição entre o discurso público do senador e suas ações judiciais.
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Comentários
Este virou senador jo momento.oba oba de bolsonaro. Nunca mais ganha nem em vilhena conseguiu ser nada só neste momento aproveita vc não faz.nada de útil e um péssimo senador. Deveria brigar pelo projeto dos viadutos de.vilhena mas fica aí de mi-mi-mi. Mas aimpq é o PT como presidente o povo sofre pq os políticos não tem vontade de brigar por verbas . Só fica nas verbas obrigatórias e não em outras. Só andando para taz. Senhor...
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