Senadores comemoram adiamento do Enem Fonte: Agência Senado

O calendário original do Enem previa a aplicação dos exames nos dias 11 e 18 de outubro (provas por meio digital) e nos dias 1º e 8 de novembro (provas por meio impresso)

Agência Senado/Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Publicada em 21 de maio de 2020 às 12:31
Senadores comemoram adiamento do Enem  Fonte: Agência Senado

Davi Alcolumbre: MEC tomou decisão após Senado aprovar projeto que adia as provas

Anunciado nesta quarta-feira (20), o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) repercutiu positivamente entre os senadores, que se manifestaram pelas redes sociais. O calendário original do Enem previa a aplicação dos exames nos dias 11 e 18 de outubro (provas por meio digital) e nos dias 1º e 8 de novembro (provas por meio impresso). Segundo nota conjunta do Ministério da Educação e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), as novas datas serão definidas em enquete a ser realizada em junho.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, destacou a importância da medida, principalmente para os estudantes da rede pública. Ele chamou a atenção para o PL 1.277/2020, projeto de lei que determina a suspensão das provas do Enem devido à pandemia de coronavírus. O texto foi aprovado pelos senadores na noite desta terça-feira (19).

“Após o Senado ter aprovado projeto para o adiamento do Enem ontem [terça-feira], o Ministério da Educação confirmou hoje [quarta-feira] que as provas acontecerão em novas datas, com previsão de 30 a 60 dias após divulgado em edital”, observou Davi no Twitter.

A autora do projeto, senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), atribuiu a controvérsia sobre o Enem à omissão do Ministério da Educação diante da crise de saúde. Em entrevista à Rádio Guaíba, ela ressaltou que a pandemia levou à suspensão das aulas presenciais e prejudicou especialmente os estudantes mais vulneráveis: "aqueles que irão fazer o Enem e ficaram com as aulas suspensas e não têm internet em casa, não têm computador, não têm celular com pacote de dados que dê condições de assistir às aulas".

Antes da decisão anunciada nesta quarta-feira, o Ministério da Educação vinha se recusando a adiar o Enem.

Protagonismo

Para Daniella, o anúncio do adiamento é uma tentativa do governo de tirar do Congresso o protagonismo de uma ação favorável aos estudantes. Ela acrescentou que não é possível definir quaisquer datas para a realização dos exames enquanto não terminar a pandemia.

O relator do projeto, senador Izalci Lucas (PSDB-DF), usou as redes sociais para comemorar a “excelente notícia para nossos estudantes”, sublinhando que “milhares pelo Brasil estão com o ano letivo comprometido”. No mesmo sentido, o senador Dário Berger (MDB-SC) considera que “nosso apelo foi atendido. Uma vitória dos estudantes”.

Já o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), também nas redes sociais, destacou "a mobilização e a pressão” pelo adiamento. Ele classificou a aprovação do PL 1.277/2020 pelo Senado como uma “derrota histórica" do governo: “Bolsonaro teve que ceder! Mas não vamos parar. Queremos a aprovação do projeto que adia o Enem até o final da calamidade e que isso seja automático em outras situações similares.” O senador Flávio Arns (Rede-PR) também pediu apoio a essa proposta, argumentando que “necessitamos dessa segurança regulamentada”. Para ele, o adiamento do Enem representa “esperança para os alunos que sonham em entrar na universidade pública”.

Líder do PDT no Senado, Weverton Rocha (MA) usou as redes sociais para saudar a medida: “Fizemos justiça aos jovens que sonham com o ensino superior. Batalhamos e conseguimos o adiamento do Enem 2020. Nossa luta é para que todos tenham oportunidade! Essa vitória é de cada estudante brasileiro”.

Segundo o Inep, mais de 3,5 milhões de candidatos já se inscreveram para o Enem 2020. As inscrições para o exame seguem abertas até 22 de maio.

Com informações da Agência Brasil

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