Siglas pequenas chegam ao 2º turno e podem eleger governadores

É o caso do PSL, partido do presidenciável Jair Bolsonaro, com chances no segundo turno de eleger três governadores, o que seria um feito histórico da sigla.

Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil
Publicada em 10 de outubro de 2018 às 15:34
Siglas pequenas chegam ao 2º turno e podem eleger governadores

As eleições para os governos estaduais surpreenderam as pesquisas de intenções de voto – desbancando partidos tradicionais e colocando legendas menores no páreo no segundo turno. Estreantes tiveram sucesso entre os eleitores com discurso de combate à corrupção e redução das despesas públicas. É o caso do PSL, partido do presidenciável Jair Bolsonaro, com chances no segundo turno de eleger três governadores, o que seria um feito histórico da sigla.

Apesar de ter perdido espaço, os maiores partidos também estão competitivos no segundo turno. Caso saia vitorioso no pleito de 28 de outubro, o PSDB, por exemplo, pode ser a legenda com o maior número de governadores - seis no total, posto atualmente ocupado pelo PT, conforme os resultados desse domingo (7). 

Veja a seguir a situação dos partidos no segundo turno para os governo estaduais: 

PSL

Os candidatos da partido concorrem aos governos de Rondônia, Roraima e Santa Catarina e apresentam patentes militares nos nomes de disputa. É o caso de Comandante Moisés, coronel da reserva do Corpo de Bombeiros, que disputará o governo catarinense com Gelson Merísio (PSD). E o Coronel Marcos Rocha, que vai concorrer em Rondônia contra o tucano Expedito Júnior. Ele saiu de quarto colocado nas últimas pesquisas eleitorais para segundo lugar.

Em Roraima, o empresário do setor agropecuário Antonio Denarium concorre pela primeira vez a um cargo eletivo contra o tucano José Anchieta.

PSC

Juiz e ex-fuzileiro naval, o candidato ao governo do Rio Wilson Witzel (PSC) também terminou em primeiro lugar após apresentar crescimento nos últimos dias impulsionado por falas em defesa de Bolsonaro. Com a rápida subida, ele e Eduardo Paes (DEM) desbancaram a candidatura de Romário (Podemos), que iniciou a campanha liderando as intenções de voto.

PSDB

Dos 12 candidatos tucanos que disputavam governos estaduais nas cinco regiões, seis conseguiram votos suficientes para seguir para o segundo turno. A sigla não elegeu governador no primeiro turno.

O partido disputa os governos de dois dos maiores colégios eleitorais: Minas Gerais e São Paulo. O ex-governador Antonio Anastasia (PSDB) vai concorrer com Romeu Zema (Novo), que ficou em primeiro lugar na preferência dos mineiros. Até domingo, a expectativa era de que o tucano concorresse contra o atual governador, Fernando Pimentel (PT).

João Dória disputará o governo de São Paulo com o atual governador Márcio França (PSB). Na véspera do primeiro turno, quem estava em segundo lugar era o emedebista Paulo Skaf. Essa foi outra surpresa que saiu das urnas.

Além de Minas e São Paulo, os tucanos disputam no Mato Grosso do Sul, Rondônia, Rio Grande do Sul e Roraima.

Há quatro anos, o partido garantiu vitória em cinco unidades da Federação.

PT 

Com três governadores eleitos no primeiro turno (Camilo Santana, Rui Costa e Wellington Dias no Ceará, Bahia e Piauí, respectivamente), o PT ainda concorre a uma vaga no dia 28 de outubro, com Fátima Bezerra, que está na disputa pelo governo do Rio Grande do Norte contra Carlos Eduardo (PDT). Hoje, os petistas comandam os governos de cinco estados e esperavam disputar o segundo turno com Fernando Pimentel em Minas, mas ele perdeu a reeleição.

PCdoB

Ao reeleger Flávio Dino, no Maranhão, a legenda mantém a mesma marca de um governador, alcançada pela primeira vez nas eleições anteriores, em 2014. Dino derrotou mais uma vez o clã Sarney, representado desta vez pela ex-governadora Roseana Sarney (MDB).

PSB

Ainda se recompondo politicamente após a morte de Eduardo Campos, o PSB também conseguiu eleger três governadores – Espírito Santo, Pernambuco e Paraíba -, mantendo o desempenho de 2014. O número pode mais que dobrar a depender do resultado do segundo turno, quando irá concorrer em São Paulo, Sergipe, Amapá e Distrito Federal.

DEM

Já o DEM, que não conseguiu eleger nenhum candidato a governador nas últimas eleições, voltou a ganhar corpo recentemente, após o impeachment de Dilma Rousseff e a eleição do deputado Rodrigo Maia (RJ) para a Presidência da Câmara. A sigla já tem dois governos garantidos (Ronaldo Caiado, em Goiás, e Mauro Mendes, no Mato Grosso), e concorre em mais dois estados (Pará e Rio de Janeiro).

MDB

No primeiro turno, o MDB conseguiu eleger apenas um governador, Renan Filho, em Alagoas. No segundo turno, está na disputa no Distrito Federal, Rio Grande do Sul e no Pará. Outra surpresa, Ibaneis Rocha vai brigar pela preferência do eleitorado do DF contra o atual governador, Rodrigo Rollemberg (PSB), que estava empatado tecnicamente com outros dois concorrentes.

Winz

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