Sindicato repudia discurso de Paulo Guedes de 'tem que vender logo a p... do BB' em reunião que governo quer esconder de todos

A reunião em questão é a mesma citada pelo ex-ministro Sergio Moro como prova das pressões que sofria para alterar a diretoria da Polícia Federal

Rondineli Gonzalez - SEEB/RO
Publicada em 16 de maio de 2020 às 15:34
Sindicato repudia discurso de Paulo Guedes de 'tem que vender logo a p... do BB' em reunião que governo quer esconder de todos

O Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) repudia com vigor as falas do ministro da Economia
Paulo Guedes, que na reunião ministerial do dia 22 de abril, teria afirmado que é preciso “vender logo a p... do BB”. A reunião em questão é a mesma citada pelo ex-ministro Sergio Moro como prova das pressões que sofria para alterar a diretoria da Polícia Federal. A informação foi divulgada pela jornalista Bela Megale, do jornal O Globo.

Para o SEEB-RO o discurso grosseiro do ministro apenas confirma aquilo que todos já sabiam: que a intenção do governo, tanto por meio do
presidente da República, do ministro da Economia e do presidente do próprio banco, Rubem Novaes, sempre foi a privatização do BB para
transformá-lo num banco privado.

“Nunca foi surpresa pra ninguém que o governo tem o desejo de atenderos rentistas, o mercado financeiro privado a todo custo, e desde a
campanha presidencial Paulo Guedes já era confirmado como o ministro da Economia, exatamente para atender aos interesses destes setores,
afinal de contas, ele também é banqueiro. O efetivo dessa ‘cúpula antibancos públicos’ apenas foi confirmado quando colocaram Rubem
Novaes como presidente do BB, que desde que assumiu já deu inúmeras provas de que é a favor da privatização do banco público, e pouco
importa se isso vai extinguir de vez o papel e a importância da instituição para a sociedade, para o fomento do desenvolvimento social
do país”, avalia José Pinheiro, presidente do Sindicato.

DESRESPEITO AO BANCO E AOS FUNCIONÁRIOS

A fala malcriada e descortês do ministro representa, também, uma afronta e um desrespeito ao banco e aos seus funcionários, que sempre
demonstraram enorme comprometimento no atendimento à população.

“É mais uma tentativa de convencer todos do governo, ministros, secretários e presidentes de bancos, que a privatização é o caminho a
ser seguido a qualquer custo, e colocar em descrédito o papel do BB, o que é uma verdadeira falácia. Ora, além de o Banco do Brasil ter uma
importância fundamental no campo social - pois responde pela concessão de crédito mais acessível aos produtores - ainda é um banco altamente
lucrativo. O discurso xucro e deselegante do ministro é um desrespeito com os funcionários do banco, que neste momento de crise econômica,
social e de saúde, tem trabalhado ainda com mais dedicação, se sacrificando dia após dia, para contribuir com a sobrevivência do povo brasileiro, pois é essa a essência do trabalhador e é esse o papel do Banco do Brasil”, acrescenta o dirigente, que ressalta que “não dá para tolerar e aceitar uma postura tão agressiva, rude e incivilizada de um alto representante do governo federal com um banco tão importante para o povo e desrespeitando os trabalhadores, apenas com o intuito de privilegiar ainda mais o setor financeiro privado, causando ainda mais concentração de poder para esses conglomerados e prejudicando a população que tem cada vez menos acesso a crédito e cada vez mais caro”.

FALTA DE TRANSPARÊNCIA

Para o movimento sindical, este é um dos motivos que faz com que o governo lute tanto contra a divulgação da íntegra do vídeo da reunião,
pois se isso acontecer, muitas das iniciativas impopulares do governo vir à tona, como a intenção de venda do banco.

“O povo nem precisa ver ou ouvir o que foi dito na tal reunião para ter a certeza de que o objetivo deste governo é a privatização. Basta lembrar da forma que Rubem Novaes tem em administrar o Banco do Brasil como se fosse um banco privado, já que neste momento em que todos
precisam da solidariedade, da ajuda ao próximo, em nenhum momento a atual direção nacional do BB se colocou à disposição para auxiliar, de
alguma forma, na questão das aglomerações nas filas da Caixa Econômica Federal”, concluem os representantes dos trabalhadores em todo o país.

Comentários

  • 1
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    Edmilson lira 17/05/2020

    Respeito e defendo todos os servidores como trabalhadores q prestam seus servicos com dedicacao. Mas como cliente tenho repúdio a este banco se a privatizacao troxer a humanizacao desse banco que falta e muito sou de total acordo..o trato desde banco com seus clientes em plena pandemia e repugnante de pura enganacao.

  • 2
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    Chico Bento 17/05/2020

    A desculpa para "doar" as estatais é que dão prejuízo, coisa que nunca aconteceu com o Banco do Brasil. A população precisa acordar e lutar com unhas e dentes pra que este DESGOVERNO não destrua o restinho do patrimônio deste país. Este banco tem um papel importante no financiamento da agricultura e do agronegócio.

  • 3
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    fabio 16/05/2020

    tem que vender mesmo, e já coloca a caixa tbm, um banco que só sabe cobrar mais investir em atendimento nao que e uma poca vergonha esses bancos ate pra depositar um dinheiro vc tem que se virar. nao tem nem aqueles papeis pra deposito raramente vc ve um, ai colocam aqueles caixas de deposito on line, um funciona e vinte nao, vc vai dentro do banco e é funcionario tudo mau humorado, ate parece que ganham pouco salario decimo terceiro participacao os lucros plano de saude e tuda operaçao que eles fazem ainda recebem bonus

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