Sindicato se reúne com INSS para solucionar problema de atendimento precário prestado por peritos médicos aos bancários

“Os peritos médicos atualmente não mais são considerados funcionários do INSS, compondo quadro de carreira pertencente ao Ministério da Economia, e no caso de Rondônia

Rondineli Gonzalez - SEEB/RO
Publicada em 16 de novembro de 2020 às 11:42
Sindicato se reúne com INSS para solucionar problema de atendimento precário prestado por peritos médicos aos bancários

O Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) se reuniu na manhã desta segunda-feira, 16/11, com a gerência executiva do INSS local, para tentar solucionar o problema do péssimo atendimento prestado por alguns peritos médicos a bancários portadores de doenças ocupacionais.

O presidente do Sindicato, José Pinheiro, e o Secretário de Saúde do SEEB-RO, Ricardo Vítor, foram recebidos pelo diretor executivo do INSS, Saulo Sampaio Macedo, que estava acompanhado de Eliane Esteves, chefe de Manutenção de Pagamento de Benefícios, e Adrielle Pascoal, chefe de Serviços de Benefícios.

O Sindicato tem recebido inúmeras queixas de bancários que são portadores de doenças adquiridas no trabalho, que receberam laudo de “inapto” assinado por médico do Trabalho do próprio banco, ao procurarem o INSS, tem recebido um atendimento precário e desrespeitoso por parte de alguns peritos médicos. Estes bancários, mesmo apresentando uma vasta documentação com laudos e exames feitos por médicos especialistas (ortopedistas, por exemplo), que confirmam que eles estão adoecidos, recebem de alguns peritos médicos (ligados a outras especialidades na Medicina, como ginecologia, por exemplo) o não reconhecimento nem do auxílio doença (B 31) e muito menos do auxílio acidente de trabalho (B 91), deixando, com isso, o trabalhador numa espécie de limbo previdenciário, pois fica sem receber salário do banco e nem o benefício previdenciário.

“Esses bancários trabalharam diariamente na pandemia, na linha de frente no combate ao coronavírus, para atender à população que necessitava do pagamento de alguns benefícios num momento de forte crise econômica e social. E muitos destes bancários acabaram sendo contaminados, e mesmo assim continuaram sacrificando a própria saúde para ajudar a quem mais precisa, e quando recorrem ao INSS, o que recebem em troca é o desprezo e desrespeito por parte de alguns peritos médicos, que quando atendem, não reconhecem a doença do trabalhador e, com isso, deixa esses pais e mães de família numa situação de maior insegurança e desespero”, explicou Pinheiro.

O gerente executivo do INSS, Saulo Macedo, explicou, contudo, que os peritos médicos não são mais vinculados ao INSS, pois desde a Lei 13.846/2019 (que criou a carreira dos Peritos Médicos Federais), os peritos que atuam na via administrativa do INSS agora estão vinculados ao Sistema Integrado de Perícias Médicas (SIPM), do Ministério da Economia, e não mais, diretamente, à autarquia previdenciária. 

“Os peritos médicos atualmente não mais são considerados funcionários do INSS, compondo quadro de carreira pertencente ao Ministério da Economia, e no caso de Rondônia, esses profissionais respondem diretamente à coordenadoria do SIPM, situada em Manaus (AM). E estamos recebendo reclamações desta natureza não apenas de bancários, mas de diversos nichos, e em que pese essa desvinculação, é a imagem do INSS que acaba ficando arranhada junto à opinião pública”, disse Saulo, que prometeu entrar em contato com a coordenadoria do SIPM e mediar uma reunião com o SEEB-RO.

O Sindicato continua atento às denúncias sobre peritos médicos, e caso o problema não seja solucionado com o diálogo com os representantes destes profissionais de saúde, vai levá-las ao conhecimento do Ministério Público do Trabalho (MPT) e Conselho Regional de Medicina (CRM).

Comentários

  • 1
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    Falei 16/11/2020

    Não sabia que "bancário", é melhor que a faxineira?! Se é para uns, que seja para todos!

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Winz

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