Tribunal de Justiça de Rondônia inicia utilização da Rede TJRO-WAN

​​​​​​​Velocidade de transmissão de dados entre comarcas foi aumentada em até 25 vezes.

Assessoria/TJ-RO
Publicada em 05 de julho de 2017 às 16:35

O nome técnico é recebimento, mas para você entender o que significa o início do funcionamento da Rede WAN no Tribunal de Justiça, em locais como Buritis, onde a velocidade de transmissão de dados entre a comarca e a sede, em Porto Velho, era de 4 megabytes, agora a disponibilidade é de 100 megabytes por segundo. O investimento em tecnologia é também na funcionalidade de sistemas, na melhoria nas rotinas de trabalho e no atendimento à população.

Essa fase de recebimento é o período em que todas as instalações de antenas, torres e cabos de fibra ótica são testadas para entrega técnica à Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação (STIC), que operacionaliza essas ferramentas. Nos próximos dias, com o recebimento definitivo, a comunicação de dados em alta velocidade, inédita na região, estará inteiramente à disposição do Poder Judiciário do Estado de Rondônia.

As melhorias são enormes com a TJRO-WAN, tanto para o público interno quanto para o externo. É como se o TJ tivesse ampliado a porta 25 vezes para entrada de informações como processos, documentos, correspondências e outros arquivos. Nove comarcas de primeira entrância, como São Francisco do Guaporé e Costa Marques, e outras três de segunda entrância, já operaram com disponibilidade de 4 Mbps. Isso significa que a comunicação entre o fórum e o Tribunal terá estabilidade e rapidez, tudo que é necessário ao desenvolvimento do Processo Judicial eletrônico – PJe.

A contratação de empresa especializada em locação de infraestrutura para transmissão de dados, de alta capacidade, é um investimento ousado e capaz de desenvolver diversos aspectos institucionais que vão além da utilização de sistemas e chegam até a consolidação de outras atividades, como videoconferências, educação a distância e telefonia via rede. Para a titular da STIC, Ângela Carmen Szymczak, a melhoria da estrutura e governança de TIC apresenta-se como uma das bases estruturantes da estratégia do Poder Judiciário, uma vez que nos dias atuais é impossível desempenhar as ações operacionais dos processos e rotinas judiciais e administrativas sem sistemas e infraestrutura de TIC adequados.

Histórico - O sonho de inserir o Poder Judiciário no seleto grupo de órgãos públicos e empresas que têm uma rede exclusiva, que combina diversas tecnologias, dentro dos exigentes padrões estabelecidos pelo TJRO, começou ainda em 2011. Primeiro, quando a utilização dessa tecnologia se tornou disponível, ainda na região sudeste do país, a novidade passou a ser considerada pela equipe de TIC, mas os recursos a serem dispensados para a solução seriam além da capacidade orçamentária da época. Dois grupos de trabalho foram formados para realizar estudos técnicos com objetivo de buscar alternativa que pudesse atender à instituição. Como não havia solução local e o projeto é complexo e de custo elevado, projetos semelhantes foram analisados em diferentes locais do país, como o TJ do Rio de Janeiro e os Tribunais Regionais Federais das 2ª e 3ª Regiões.

O contrato foi assinado anos depois do início dos estudos, isso porque não se trata apenas de uma alternativa, mas de uma política de governança da tecnologia da informação e comunicação do Poder Judiciário. O contrato foi assinado em janeiro deste ano e há seis meses a empresa realiza a instalação dos equipamentos. “A gestão do desembargador Sansão Saldanha deu continuidade a um trabalho que já vinha sendo estudado e planejado e que foi viabilizado graças à disposição da administração em dotar a instituição de recursos necessários à prestação jurisdicional, adequada às demandas da atualidade e dentro da possibilidade de recursos”, afirma a secretária da STIC. O TJRO adotou a locação dos equipamentos e não a aquisição, que poderia ser mais dispendiosa para a instituição, ainda mais com a manutenção e atualização das máquinas nos 26 pontos instalados no estado.

De acordo com Fabiano Gutierrez, diretor do Departamento de Infraestrutura da STIC/TJRO, cada comarca opera agora com 100Mbps e a sede com 1.500Mbps ou 1,5 Gigabytes. A equidade dessa disponibilidade independe da localização da comarca. Em Cerejeiras, que têm maior distância geodésica (linha reta) da sede do TJRO, 607 Km, os sistemas também operam na rede com 100mb por segundo.

É em Porto Velho que está instalado o roteador concentrador, equipamento que recebe dados do link de acesso, através de uma tecnologia diferenciada e entrega para a rede interna a latência constante e previsível, como explica o analista de sistemas Tiberio Coimbra, que compôs a equipe técnica responsável pela análise e contratação dessa solução de tecnologia. A prestação jurisdicional exige uma rede de comunicação de dados de alta disponibilidade e alta capacidade e, com o advento do Processo Judicial Eletrônico – PJe, isso passou a ser uma meta a ser perseguida, pois o sistema deve estar disponível 24 horas por dia.

Ao contrário da rede LAN, que serve para locais menores como nas residências, a WAN é uma rede de longa distância (Wide Area Network) para cobrir uma área maior. Empresas e universidades, por exemplo, contratam provadores de serviço WAN para facilitar o uso de todos os usuários em uma mesma rede.

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