Vale a pena pegar um empréstimo para cobrir dívidas?
Acordo pode ser vantajoso desde que o crédito seja acompanhado de análise minuciosa e organização
Foto: Andrea Piacquadio/Pexels
Cerca de 48% dos brasileiros não controlam o próprio orçamento, e somente um terço planeja o mês com antecedência, mesmo entre aqueles que cuidam das suas finanças. Os dados são da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Nesse contexto de endividamento, solicitar um empréstimo para quitar dívidas pode ser vantajoso, desde que o crédito não passe a fazer parte do problema.
De acordo com orientações do Serasa, para quem precisa limpar o nome ou recuperar o crédito, por exemplo, o empréstimo pode trazer benefícios quando possibilita trocar dívidas caras – como as do cartão de crédito ou do cheque especial, que possuem as taxas de juros mais altas do mercado –, por uma dívida única, negociada a taxas menores.
Para isso, é importante certificar-se de que o empréstimo seja feito junto a uma instituição financeira segura, com todos os cuidados. Para firmar esse negócio de maneira consciente, é importante ler o contrato atentamente, questionar as informações e tirar todas as dúvidas. Além disso, vale apostar nas facilidades proporcionadas pelo mundo digital, como contratar um empréstimo pessoal online.
Cuidados que devem ser tomados
Uma situação recorrente, segundo o Serasa, é o indivíduo ter o nome negativado por conta da inadimplência. No Brasil, conforme a instituição, mais de 63 milhões de pessoas fecharam o ano de 2021 com contas em atraso, o que representa um aumento de 2,6 milhões em comparação ao ano anterior.
O empréstimo pode ser uma alternativa para pessoas com o nome negativado. A orientação dos especialistas é que as pessoas reúnam todas as suas dívidas e negociem com instituições financeiras, bancos e cartões de crédito para fazer o pagamento à vista do débito total. Isso porque, por meio de um acordo dessa natureza, é possível conseguir até 80% de desconto no montante.
Nesse sentido, pegar um empréstimo pode ser uma oportunidade para quitar as inadimplências. É fundamental, contudo, que alguns cuidados sejam adotados.
Analise todas as taxas envolvidas
Estudar as taxas de juros efetiva e nominal é o primeiro passo. A taxa de juros efetiva é aquela que, de fato, está sendo cobrada no contrato. Já a taxa nominal pode aparecer com um valor baixo, de uma forma a atrair o cliente. É possível, por exemplo, que no contrato apareça uma taxa nominal de valor mais baixo do que a taxa efetiva, porque existem alguns custos embutidos no empréstimo.
Conforme os especialistas, é preciso avaliar o Custo Efetivo Total (CET) da operação para saber o quanto exatamente será pago pela quantia emprestada. O CET pode incluir gastos como taxas de juros, taxas de análise de crédito, Tarifa de Abertura de Cadastro (Tac) e taxas administrativas em geral. São abrangidos também seguros, tarifas e tributos como o Imposto sobre Operação Financeira (IOF).
As taxas que integram o CET podem variar de acordo com cada instituição e conforme o relacionamento entre as partes envolvidas no acordo.
Atenção às parcelas e ao valor final
Outra recomendação é não fazer o empréstimo baseado somente no valor mensal das parcelas. É preciso multiplicar o valor da prestação pelos meses do contrato para descobrir qual a quantia total será paga no fim do acordo. Essa é uma maneira de verificar se as taxas aplicadas são abusivas ou vantajosas.
Pesquise sobre a instituição
Além dos bancos tradicionais, uma série de instituições estão autorizadas a conceder empréstimos. Alguns exemplos atuantes no mercado são as fintechs, cooperativas de crédito e bancos digitais.
Por motivos de segurança, é essencial que o consumidor pesquise sobre a instituição para avaliar seu posicionamento no mercado, sua reputação e benefícios oferecidos. Uma dica para fazer essa avaliação é consultar sites como o Procon e o Reclame Aqui.
Impactos do endividamento
Segundo um estudo realizado pelo Serasa, 75% das famílias brasileiras estão endividadas e tiveram suas vidas financeiras afetadas pela pandemia. A principal causa apontada é o desemprego, responsável pelo endividamento de 30% dos entrevistados. Em segundo lugar, 11% das pessoas afirmam que emprestar o nome foi o motivo; já na sequência, 9% dos indivíduos indicam o descontrole financeiro como causa para as dívidas.
A pesquisa mostrou, ainda, que o endividamento afeta negativamente a saúde e o bem-estar da população. Sentem-se envergonhados por causa das dívidas 88% dos brasileiros e 85% já tiveram insônia ou dificuldade para dormir por estarem nessa situação. As principais dívidas são o cartão de crédito, 53%, e as contas em lojas, como inadimplências em crediários, carnês e cartões.
Dessa forma, o levantamento evidencia que manter uma vida financeira organizada é fundamental para a vida social e a produtividade no trabalho.
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