3ª Conferência Madeira Mamoré discute agricultura familiar

Evento também elegeu delegados para etapa estadual

Fonte: Texto: Jean Carla Costa Fotos: Jean Carla Costa - Publicada em 29 de setembro de 2025 às 18:01

3ª Conferência Madeira Mamoré discute agricultura familiar

Participantes discutiram propostas para fortalecer a agricultura familiar

Com o tema “Brasil Rural: Raiz da Vida, Fonte do Bem Viver”, a 3ª Conferência Territorial Madeira Mamoré reuniu produtores rurais, representantes de comunidades tradicionais, movimentos sociais e autoridades nos dias 25 e 26 de setembro de 2025, no IFRO – Calama, em Porto Velho.

Ao longo do encontro, os participantes discutiram propostas para fortalecer a agricultura familiar, garantir o acesso à terra e à água, e promover o desenvolvimento rural sustentável.

O evento foi estruturado em cinco eixos temáticos, que resultaram em recomendações e prioridades que serão levadas à Conferência Estadual, prevista para novembro, em local ainda a ser definido.

Ao final da conferência, foram escolhidos 13 delegados e delegadas, incluindo suplentes, para representar o território Madeira Mamoré na etapa estadual.

EIXOS E PRINCIPAIS RESULTADOS

Evento foi estruturado em cinco eixos temáticosEvento foi estruturado em cinco eixos temáticos

No Eixo 1 – Papel da Agricultura Familiar frente às mudanças climáticas, os participantes propuseram a criação de fundos municipais de apoio à agricultura familiar e às comunidades tradicionais, com linhas especiais para jovens e mulheres. Também foram discutidos programas de aquisição de alimentos municipais, assistência técnica qualificada e fortalecimento do cooperativismo.

Segundo o secretário municipal de Agricultura, Rodrigo Ribeiro, “essas propostas refletem o compromisso da Prefeitura em apoiar a agricultura familiar frente às mudanças climáticas, promovendo a inclusão de jovens e mulheres e fortalecendo as comunidades tradicionais”.

No Eixo 2 – Transformação agroecológica dos sistemas alimentares e fortalecimento da agricultura familiar, foram destacadas a capacitação agroecológica, a criação de cadastros de agricultores familiares agroecológicos, redes de sementes crioulas e a distribuição de máquinas e equipamentos para beneficiamento da produção agroecológica. O agroflorestor Tino Alves ressaltou que “essas ações vão garantir maior autonomia aos produtores e a preservação das técnicas tradicionais de cultivo, promovendo produção sustentável e de qualidade”.

Foram escolhidos 13 delegados e delegadas, incluindo suplentes, para representar o território Madeira Mamoré Foram escolhidos 13 delegados e delegadas, incluindo suplentes, para representar o território Madeira Mamoré

O Eixo 3 – Reforma agrária, promoção e proteção do direito à terra, à água e ao território priorizou a implantação de órgãos de regularização fundiária, projetos de acesso à água potável, sistemas de irrigação e aquisição de terras para jovens e mulheres.

Para Leuzi Ribeiro da Silva, do Movimento Negro Unificado, “é fundamental que a população do campo tenha seus direitos reconhecidos e protegidos, garantindo não só a terra, mas também a dignidade e o acesso a recursos essenciais como água e infraestrutura”.

No Eixo 4 – Cidadania e Bem Viver, os participantes defenderam a criação de centros públicos de economia solidária, programas de transição agroecológica, iniciativas de educação para povos do campo e proteção às mulheres e crianças.

Já no Eixo 5 – Estado, participação popular e governança das políticas públicas para o desenvolvimento rural, foram discutidas estratégias para potencializar a participação social na governança das políticas públicas, modernizar processos de regularização fundiária, articular educação profissional e tecnológica no campo e estruturar uma rede logística de comercialização da agricultura familiar.

Gervano Vicent, superintendente do Ministério da Agricultura em Rondônia, destacou que “essas conferências são fundamentais para fortalecer o diálogo entre sociedade e Estado, garantindo que as políticas públicas sejam formuladas com base nas reais necessidades do campo e das comunidades tradicionais”.

A 3ª Conferência Territorial Madeira Mamoré reforça a importância do diálogo entre agricultores, sociedade civil e governo, fortalecendo a construção de um Brasil rural mais justo, sustentável e inclusivo. Todas as propostas apresentadas atenderam aos critérios estabelecidos no regimento, contemplando de forma integrada os três eixos transversais da conferência.

3ª Conferência Madeira Mamoré discute agricultura familiar

Evento também elegeu delegados para etapa estadual

Texto: Jean Carla Costa Fotos: Jean Carla Costa
Publicada em 29 de setembro de 2025 às 18:01
3ª Conferência Madeira Mamoré discute agricultura familiar

Participantes discutiram propostas para fortalecer a agricultura familiar

Com o tema “Brasil Rural: Raiz da Vida, Fonte do Bem Viver”, a 3ª Conferência Territorial Madeira Mamoré reuniu produtores rurais, representantes de comunidades tradicionais, movimentos sociais e autoridades nos dias 25 e 26 de setembro de 2025, no IFRO – Calama, em Porto Velho.

Ao longo do encontro, os participantes discutiram propostas para fortalecer a agricultura familiar, garantir o acesso à terra e à água, e promover o desenvolvimento rural sustentável.

O evento foi estruturado em cinco eixos temáticos, que resultaram em recomendações e prioridades que serão levadas à Conferência Estadual, prevista para novembro, em local ainda a ser definido.

Ao final da conferência, foram escolhidos 13 delegados e delegadas, incluindo suplentes, para representar o território Madeira Mamoré na etapa estadual.

EIXOS E PRINCIPAIS RESULTADOS

Evento foi estruturado em cinco eixos temáticosEvento foi estruturado em cinco eixos temáticos

No Eixo 1 – Papel da Agricultura Familiar frente às mudanças climáticas, os participantes propuseram a criação de fundos municipais de apoio à agricultura familiar e às comunidades tradicionais, com linhas especiais para jovens e mulheres. Também foram discutidos programas de aquisição de alimentos municipais, assistência técnica qualificada e fortalecimento do cooperativismo.

Segundo o secretário municipal de Agricultura, Rodrigo Ribeiro, “essas propostas refletem o compromisso da Prefeitura em apoiar a agricultura familiar frente às mudanças climáticas, promovendo a inclusão de jovens e mulheres e fortalecendo as comunidades tradicionais”.

No Eixo 2 – Transformação agroecológica dos sistemas alimentares e fortalecimento da agricultura familiar, foram destacadas a capacitação agroecológica, a criação de cadastros de agricultores familiares agroecológicos, redes de sementes crioulas e a distribuição de máquinas e equipamentos para beneficiamento da produção agroecológica. O agroflorestor Tino Alves ressaltou que “essas ações vão garantir maior autonomia aos produtores e a preservação das técnicas tradicionais de cultivo, promovendo produção sustentável e de qualidade”.

Foram escolhidos 13 delegados e delegadas, incluindo suplentes, para representar o território Madeira Mamoré Foram escolhidos 13 delegados e delegadas, incluindo suplentes, para representar o território Madeira Mamoré

O Eixo 3 – Reforma agrária, promoção e proteção do direito à terra, à água e ao território priorizou a implantação de órgãos de regularização fundiária, projetos de acesso à água potável, sistemas de irrigação e aquisição de terras para jovens e mulheres.

Para Leuzi Ribeiro da Silva, do Movimento Negro Unificado, “é fundamental que a população do campo tenha seus direitos reconhecidos e protegidos, garantindo não só a terra, mas também a dignidade e o acesso a recursos essenciais como água e infraestrutura”.

No Eixo 4 – Cidadania e Bem Viver, os participantes defenderam a criação de centros públicos de economia solidária, programas de transição agroecológica, iniciativas de educação para povos do campo e proteção às mulheres e crianças.

Já no Eixo 5 – Estado, participação popular e governança das políticas públicas para o desenvolvimento rural, foram discutidas estratégias para potencializar a participação social na governança das políticas públicas, modernizar processos de regularização fundiária, articular educação profissional e tecnológica no campo e estruturar uma rede logística de comercialização da agricultura familiar.

Gervano Vicent, superintendente do Ministério da Agricultura em Rondônia, destacou que “essas conferências são fundamentais para fortalecer o diálogo entre sociedade e Estado, garantindo que as políticas públicas sejam formuladas com base nas reais necessidades do campo e das comunidades tradicionais”.

A 3ª Conferência Territorial Madeira Mamoré reforça a importância do diálogo entre agricultores, sociedade civil e governo, fortalecendo a construção de um Brasil rural mais justo, sustentável e inclusivo. Todas as propostas apresentadas atenderam aos critérios estabelecidos no regimento, contemplando de forma integrada os três eixos transversais da conferência.

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