Desejos carnais - Capítulo 6

“Eu errei demais. Meu Deus! Como eu errei na criação do Vicente! Me perdoa, Senhor! Me perdoa!” 

Fonte: Alberto Dinys - Publicada em 19 de setembro de 2025 às 18:26

Desejos carnais - Capítulo 6

Quando se pôs a olhar com minuciosidade o quadro estilo cubista que estava pendurado na parede do escritório, dona Leonice logo deduziu que o filho também estava envolvido com roubo de telas valiosas. Já ouvira ele mencionar com ambição e um entusiasmo descomunal sobre o mercado das artes plásticas. No olhar daquela mãe, a amargura. “Eu errei demais. Meu Deus! Como eu errei na criação do Vicente! Me perdoa, Senhor! Me perdoa!” 

E felizmente, o viu  voltar ao normal. Respirou aliviada. “Eu agradeço, Jesus Cristo! Eu agradeço mesmo!” 

— O que houve, mãe? — perguntou Vicente não entendendo o porquê se encontrava suado, ofegante e com as mãos trêmulas. Olhava para elas assustado. — O que aconteceu comigo, mãe? Responde. 

Sentindo-se frustrada, ela abaixou o olhar e disse em um tom que denotava um enorme cansaço existencial: 

— A culpa é minha! Eu errei como ser humano e como mãe.

São Paulo, 2025 

“Aparentemente, somos perfeitos nas redes sociais. Nas capas das revistas mais famosas do mundo. Na verdade, nós fabricamos os que vendem ilusões. Sim. Nós fabricamos o falso glamour de muita gente que não pode proporcionar a verdadeira alegria ao homem. Sabe o porquê? Somente Jesus Cristo concede a felicidade ao ser humano. Somente Ele. Soa brega pra um público gigante? Sim. No entanto, a verdade dEle é imutável. Céus e terra passarão, querido. Mas as palavras do Senhor irão permanecer poderosas e essenciais.”

Então, os olhos de Dom ficaram marejados. O coração angustiado e a vontade de gritar e gritar. Mas gritar como um louco resolveria alguma coisa naquela situação? Óbvio que não! Sendo assim, permaneceu imerso nas suas reflexões. Há muito tempo ele já se comportava com uma lucidez espiritual inspiradora. Claro que abraçou em diversos momentos as incongruências e as utilizou maliciosamente para se esbanjar em seus desejos carnais. Entretanto, não visava permanecer descompromissado com o Cristianismo. Sabia que o Príncipe da Paz queria vê-lo posicionado como um agente celestial em uma sociedade tão secularizado.

 — Ele gosta de mim — disse ele com um tom de voz que carregava uma carga emocional enorme. 

Ficou calado por alguns instantes. Tinha o hábito de refletir bastante. Já era uma das características de Dom. Continuou:

— Sabe? É tão gratificante você conhecer pessoas especiais, que te querem bem. É muito inspirador! Infelizmente, o que nós ouvimos por aí é que o amor tá esfriando, que não devemos confiar em ninguém. Só que… tipo… eu não penso assim. Eu realmente ainda acredito na bondade de pessoas comprometidas com Deus. Na bondade de pessoas que fazem o que é correto e que a cada dia se moldam aos padrões celestiais. Só que os superficiais não querem valorizar tais pessoas devidamente. Os superficiais sabem que existem pessoas caridosas, mas evitam reconhecê-las socialmente. É. Muita arrogância dessa gente que não gosta de quem promove o bem! Mas eu sei que não é só uma questão terrena. Não. É espiritual. Deus é luz. Quando o homem tá nas trevas, ele odeia quem tá na luz. 

Pierre sorriu. Comentou:

— Sábias palavras, meu amigo. Você tá amadurecendo espiritualmente. É isso mesmo! Servir a Deus significa que travamos uma batalha contra Satanás e os demônios. Não devemos retroceder. O inferno não é brincadeira e nem eu tô brincando de ser cristão. 

— Acontece que… eu dei muitos motivos pro Senhor ficar com raiva de mim. 

— Dom, Dom… acalme-se! É desse jeito mesmo. Apesar das nossas transgressões, Ele ainda assim se faz presente quando clamamos pelas Suas misericórdias. Não dê lugar às dúvidas. Alinhe-se às Sagradas Escrituras e seja um agente de Jeová Nissi. É fácil? Não. Mas não é impossível. E se Deus confiou isso a você, faça a vontade dEle e as bênçãos celestiais irão te acompanhar continuamente. Acredite nas promessas do Criador! 

— Falar é fácil, Pierre. 

Um breve silêncio tomou conta do lugar. 

— Sim. Falar é fácil. Você tá falando uma grande verdade. Só que… o tempo de transformar as lágrimas em sorrisos já chegou. 

— Lágrimas em sorrisos — Dom repetiu essa poética expressão com o olhar altivo. O ser inundado pela consciência das suas inescrupulosas ações. — Sabe? Sou um homem repleto de maldades. Sou tão terrível. Você não me conhece mesmo. Sabe? É… até difícil de admitir, mas… me sinto mais hipócrita do que o Vicente. Até a dona Leonice, uma vez em Veneza, já comentou sobre isso. A hipocrisia do senhor Dom. Eu quero que as pessoas me vejam com admiração. E será se o senhor Dom realmente é uma persona admirável? Não. Não sou admirável. As incongruências permeiam o meu eu. Infelizmente, me tornei uma caricatura de quinta categoria. O que fazer? Ir à igreja? Conversar com o pastor? Dizimar? Ofertar? Ler a Bíblia o dia inteiro? O que fazer pra alcançar a perfeição moral. Sinceramente… eu tô me vendo completamente seduzido pelo o que é profano. O profano domina homens fracos. Entende? É a realidade! 

— Você pode ser preso? 

— Não. Eu não cheguei ao ponto de ser um criminoso. Eu fingi ser criminal. Mas… não. 

Respirou fundo, aliviado, o olhar reflexivo. 

— Sou um homem que obedece às leis. Porém, moralmente, sou corrupto comigo mesmo. Eu preciso servir a Jesus Cristo sinceramente.  

Pierre perguntou:

— Ontem você foi à igreja querendo buscar a presença de Deus mesmo? 

— Eu… fui querendo… pra ser sincero, fui mecanicamente. 

— Então, Dom… 

Pierre o olhou com ternura. Explicou amigavelmente: 

— Apenas flertar com Jesus Cristo é um belíssimo começo. Com certeza! Mas é um belíssimo começo para os que ainda não decidiram se entregar a Ele completamente. Você já vai à igreja há anos. Calculando… mais de seis anos. Entende? Não é pra ser assim. É preciso haver um querer que perpassa qualquer argumento filosófico. Qualquer desejo terreno. Eu não tô querendo que você despreze tudo e todos. Mas que você siga Aquele que fez tudo e que O sirva de verdade. Ele vai te abençoar, Dom! Não há o que temer. Muita gente por aí brada que Deus não existe, que Ele é uma mentira difundida mundialmente por interesses religiosos, econômicos, políticos, pessoais. Mas… você já presenciou vários milagres realizados pelo Autor da vida. Ainda assim se nega a servi-lo devidamente? Por favor! Não seja tão insano ao ponto de desprezar as preciosidades das Sagradas Escrituras. 

Sentindo-se muito envergonhado, Dom abaixou o olhar. Ficou calado por alguns instantes. Disse: 

— Na verdade, Pierre, sou um homem repleto de incongruências. E… eu meio que… 

Respirou fundo. Continuou: 

— Na verdade, eu planejo os pecados. Claro que erro involuntariamente! Mas… muitas vezes planejo os pecados imbuído de uma vilania satânica. Não sou um homem exemplar na moralidade. 

— Eu vejo como é uma luta pra você se manter no caminho certo. E não tô aqui pra te condenar. Nem posso. Agora… não pense que é possível enganar o Senhor. Isso é impossível, Dom! 

— Eu sei, Pierre! 

— Então? É tempo de reconectar com Ele sem máscaras. Sem rodeios. Apenas a honestidade de um homem que reconhece os seus pecados. Eu tô contigo nessa, Dom! Não se esqueça disso! Hein? Para de ficar achando que viver assim é o jeito. O Evangelho é pros pecadores. Entendeu? 

— Entendi.  

— Aliás, Dom, saiba que todos nós somos pecadores. As falhas do ser humano são visíveis. Você… vai à igreja hoje? 

— Sim. 

— Ótimo, Dom! Eu vou contigo. Pode ser? Ou tô proibido? 

Dom abriu um sorriso. 

— Deixa de graça, Pierre! Claro que pode!  

— É assim que se fala, campeão — comemorou Pierre levantando-se do sofá. — Sabe? Eu já venho reparando as qualidades deste bairro. 

— É? 

— Yes, Dom. E tava olhando num site algumas casas modernas e tal, mas… sabe? Não achei nenhuma que realmente me fizesse ficar desejoso de me mudar logo. 

— E? 

— E hoje, indo comprar pão, eu observei uma casa aqui por perto. Nossa! Moderna. Espaçosa. Do jeito que eu gosto. Tava até pensando em viajar uns dias pra Itália e logo hoje… achei a casa que eu preciso comprar. E você sabe, Dom, que dinheiro é o que não falta na minha conta. 

— Tô achando que você tá começando a pensar em se casar. Hein? Será? 

Pierre sorriu. Respondeu:

— Sim. Eu conheci uma mulher linda. Muito interessante. No centro da cidade. 

— Olha aí! Conversaram? 

— Sim, Dom. A conversa fluiu. Foi legal o papo. Respeitoso. Claro! Ela me disse que é cristã. Isso me deixou super feliz. Mesmo. 

— Sabe o nome dela? 

— Sim. Cecília. 

Ao escutar o nome Cecília, Dom ficou com uma expressão séria. 

— Cecília? 

— É. Por que essa cara, Dom? 

— É… 

Sem saber o que ia responder, Dom deu uma risada de nervosismo. Perguntou temendo a resposta:

— A Cecília arquiteta? 

— Sim — respondeu Pierre com um sorriso. — Conhece ela? 

— Conheço, Pierre. 

— Que legal! Vocês então… já trabalharam juntos? 

— Sim — respondeu Dom pensando em Cecília, a mulher que ele amava em segredo. — É uma mulher muito honrada! Uma profissional exemplar.  

Desejos carnais - Capítulo 6

“Eu errei demais. Meu Deus! Como eu errei na criação do Vicente! Me perdoa, Senhor! Me perdoa!” 

Alberto Dinys
Publicada em 19 de setembro de 2025 às 18:26
Desejos carnais - Capítulo 6

Quando se pôs a olhar com minuciosidade o quadro estilo cubista que estava pendurado na parede do escritório, dona Leonice logo deduziu que o filho também estava envolvido com roubo de telas valiosas. Já ouvira ele mencionar com ambição e um entusiasmo descomunal sobre o mercado das artes plásticas. No olhar daquela mãe, a amargura. “Eu errei demais. Meu Deus! Como eu errei na criação do Vicente! Me perdoa, Senhor! Me perdoa!” 

E felizmente, o viu  voltar ao normal. Respirou aliviada. “Eu agradeço, Jesus Cristo! Eu agradeço mesmo!” 

— O que houve, mãe? — perguntou Vicente não entendendo o porquê se encontrava suado, ofegante e com as mãos trêmulas. Olhava para elas assustado. — O que aconteceu comigo, mãe? Responde. 

Sentindo-se frustrada, ela abaixou o olhar e disse em um tom que denotava um enorme cansaço existencial: 

— A culpa é minha! Eu errei como ser humano e como mãe.

São Paulo, 2025 

“Aparentemente, somos perfeitos nas redes sociais. Nas capas das revistas mais famosas do mundo. Na verdade, nós fabricamos os que vendem ilusões. Sim. Nós fabricamos o falso glamour de muita gente que não pode proporcionar a verdadeira alegria ao homem. Sabe o porquê? Somente Jesus Cristo concede a felicidade ao ser humano. Somente Ele. Soa brega pra um público gigante? Sim. No entanto, a verdade dEle é imutável. Céus e terra passarão, querido. Mas as palavras do Senhor irão permanecer poderosas e essenciais.”

Então, os olhos de Dom ficaram marejados. O coração angustiado e a vontade de gritar e gritar. Mas gritar como um louco resolveria alguma coisa naquela situação? Óbvio que não! Sendo assim, permaneceu imerso nas suas reflexões. Há muito tempo ele já se comportava com uma lucidez espiritual inspiradora. Claro que abraçou em diversos momentos as incongruências e as utilizou maliciosamente para se esbanjar em seus desejos carnais. Entretanto, não visava permanecer descompromissado com o Cristianismo. Sabia que o Príncipe da Paz queria vê-lo posicionado como um agente celestial em uma sociedade tão secularizado.

 — Ele gosta de mim — disse ele com um tom de voz que carregava uma carga emocional enorme. 

Ficou calado por alguns instantes. Tinha o hábito de refletir bastante. Já era uma das características de Dom. Continuou:

— Sabe? É tão gratificante você conhecer pessoas especiais, que te querem bem. É muito inspirador! Infelizmente, o que nós ouvimos por aí é que o amor tá esfriando, que não devemos confiar em ninguém. Só que… tipo… eu não penso assim. Eu realmente ainda acredito na bondade de pessoas comprometidas com Deus. Na bondade de pessoas que fazem o que é correto e que a cada dia se moldam aos padrões celestiais. Só que os superficiais não querem valorizar tais pessoas devidamente. Os superficiais sabem que existem pessoas caridosas, mas evitam reconhecê-las socialmente. É. Muita arrogância dessa gente que não gosta de quem promove o bem! Mas eu sei que não é só uma questão terrena. Não. É espiritual. Deus é luz. Quando o homem tá nas trevas, ele odeia quem tá na luz. 

Pierre sorriu. Comentou:

— Sábias palavras, meu amigo. Você tá amadurecendo espiritualmente. É isso mesmo! Servir a Deus significa que travamos uma batalha contra Satanás e os demônios. Não devemos retroceder. O inferno não é brincadeira e nem eu tô brincando de ser cristão. 

— Acontece que… eu dei muitos motivos pro Senhor ficar com raiva de mim. 

— Dom, Dom… acalme-se! É desse jeito mesmo. Apesar das nossas transgressões, Ele ainda assim se faz presente quando clamamos pelas Suas misericórdias. Não dê lugar às dúvidas. Alinhe-se às Sagradas Escrituras e seja um agente de Jeová Nissi. É fácil? Não. Mas não é impossível. E se Deus confiou isso a você, faça a vontade dEle e as bênçãos celestiais irão te acompanhar continuamente. Acredite nas promessas do Criador! 

— Falar é fácil, Pierre. 

Um breve silêncio tomou conta do lugar. 

— Sim. Falar é fácil. Você tá falando uma grande verdade. Só que… o tempo de transformar as lágrimas em sorrisos já chegou. 

— Lágrimas em sorrisos — Dom repetiu essa poética expressão com o olhar altivo. O ser inundado pela consciência das suas inescrupulosas ações. — Sabe? Sou um homem repleto de maldades. Sou tão terrível. Você não me conhece mesmo. Sabe? É… até difícil de admitir, mas… me sinto mais hipócrita do que o Vicente. Até a dona Leonice, uma vez em Veneza, já comentou sobre isso. A hipocrisia do senhor Dom. Eu quero que as pessoas me vejam com admiração. E será se o senhor Dom realmente é uma persona admirável? Não. Não sou admirável. As incongruências permeiam o meu eu. Infelizmente, me tornei uma caricatura de quinta categoria. O que fazer? Ir à igreja? Conversar com o pastor? Dizimar? Ofertar? Ler a Bíblia o dia inteiro? O que fazer pra alcançar a perfeição moral. Sinceramente… eu tô me vendo completamente seduzido pelo o que é profano. O profano domina homens fracos. Entende? É a realidade! 

— Você pode ser preso? 

— Não. Eu não cheguei ao ponto de ser um criminoso. Eu fingi ser criminal. Mas… não. 

Respirou fundo, aliviado, o olhar reflexivo. 

— Sou um homem que obedece às leis. Porém, moralmente, sou corrupto comigo mesmo. Eu preciso servir a Jesus Cristo sinceramente.  

Pierre perguntou:

— Ontem você foi à igreja querendo buscar a presença de Deus mesmo? 

— Eu… fui querendo… pra ser sincero, fui mecanicamente. 

— Então, Dom… 

Pierre o olhou com ternura. Explicou amigavelmente: 

— Apenas flertar com Jesus Cristo é um belíssimo começo. Com certeza! Mas é um belíssimo começo para os que ainda não decidiram se entregar a Ele completamente. Você já vai à igreja há anos. Calculando… mais de seis anos. Entende? Não é pra ser assim. É preciso haver um querer que perpassa qualquer argumento filosófico. Qualquer desejo terreno. Eu não tô querendo que você despreze tudo e todos. Mas que você siga Aquele que fez tudo e que O sirva de verdade. Ele vai te abençoar, Dom! Não há o que temer. Muita gente por aí brada que Deus não existe, que Ele é uma mentira difundida mundialmente por interesses religiosos, econômicos, políticos, pessoais. Mas… você já presenciou vários milagres realizados pelo Autor da vida. Ainda assim se nega a servi-lo devidamente? Por favor! Não seja tão insano ao ponto de desprezar as preciosidades das Sagradas Escrituras. 

Sentindo-se muito envergonhado, Dom abaixou o olhar. Ficou calado por alguns instantes. Disse: 

— Na verdade, Pierre, sou um homem repleto de incongruências. E… eu meio que… 

Respirou fundo. Continuou: 

— Na verdade, eu planejo os pecados. Claro que erro involuntariamente! Mas… muitas vezes planejo os pecados imbuído de uma vilania satânica. Não sou um homem exemplar na moralidade. 

— Eu vejo como é uma luta pra você se manter no caminho certo. E não tô aqui pra te condenar. Nem posso. Agora… não pense que é possível enganar o Senhor. Isso é impossível, Dom! 

— Eu sei, Pierre! 

— Então? É tempo de reconectar com Ele sem máscaras. Sem rodeios. Apenas a honestidade de um homem que reconhece os seus pecados. Eu tô contigo nessa, Dom! Não se esqueça disso! Hein? Para de ficar achando que viver assim é o jeito. O Evangelho é pros pecadores. Entendeu? 

— Entendi.  

— Aliás, Dom, saiba que todos nós somos pecadores. As falhas do ser humano são visíveis. Você… vai à igreja hoje? 

— Sim. 

— Ótimo, Dom! Eu vou contigo. Pode ser? Ou tô proibido? 

Dom abriu um sorriso. 

— Deixa de graça, Pierre! Claro que pode!  

— É assim que se fala, campeão — comemorou Pierre levantando-se do sofá. — Sabe? Eu já venho reparando as qualidades deste bairro. 

— É? 

— Yes, Dom. E tava olhando num site algumas casas modernas e tal, mas… sabe? Não achei nenhuma que realmente me fizesse ficar desejoso de me mudar logo. 

— E? 

— E hoje, indo comprar pão, eu observei uma casa aqui por perto. Nossa! Moderna. Espaçosa. Do jeito que eu gosto. Tava até pensando em viajar uns dias pra Itália e logo hoje… achei a casa que eu preciso comprar. E você sabe, Dom, que dinheiro é o que não falta na minha conta. 

— Tô achando que você tá começando a pensar em se casar. Hein? Será? 

Pierre sorriu. Respondeu:

— Sim. Eu conheci uma mulher linda. Muito interessante. No centro da cidade. 

— Olha aí! Conversaram? 

— Sim, Dom. A conversa fluiu. Foi legal o papo. Respeitoso. Claro! Ela me disse que é cristã. Isso me deixou super feliz. Mesmo. 

— Sabe o nome dela? 

— Sim. Cecília. 

Ao escutar o nome Cecília, Dom ficou com uma expressão séria. 

— Cecília? 

— É. Por que essa cara, Dom? 

— É… 

Sem saber o que ia responder, Dom deu uma risada de nervosismo. Perguntou temendo a resposta:

— A Cecília arquiteta? 

— Sim — respondeu Pierre com um sorriso. — Conhece ela? 

— Conheço, Pierre. 

— Que legal! Vocês então… já trabalharam juntos? 

— Sim — respondeu Dom pensando em Cecília, a mulher que ele amava em segredo. — É uma mulher muito honrada! Uma profissional exemplar.  

Comentários

  • 1
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    Eliana 23/09/2025

    Uma história muito envolvente!ja querendo ler a segunda parte,parabéns 👏🙌💥🫶

  • 2
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    Eliana 23/09/2025

    Uma história muito envolvente!ja querendo ler a segunda parte,parabéns 👏🙌💥🫶

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