Desempenho melancólico

Recentemente, um deputado estadual foi acusado de pegar dinheiro público para usufruto pessoal

Por Valdemir Caldas
Publicada em 10 de fevereiro de 2020 às 16:38
Desempenho melancólico

Ao longo do tempo, as instituições rondonienses vêm amadurecendo. Disso não se tem a menor dúvida. Logicamente que, aqui e li, um ou outro episódio supera a barreira da decepção, causando tamanha indignação que, de repente, pode apagar tudo aquilo de bom que eventualmente vinha sendo realizado.

Recentemente, um deputado estadual foi acusado de pegar dinheiro público para usufruto pessoal. A atitude do parlamentar decepcionou muita gente. Não menos decepcionante é saber que, até agora, passados quase trinta dias após o estouro do escândalo, a mesa diretora não moveu um palito de fósforo queimado para dar uma resposta à sociedade, por exemplo, enviando o caso à Comissão de Ética, para abrir o processo de cassação. 

Acreditava-se que, sob a batuta do presidente Laerte Gomes, a Assembleia Legislativa de Rondônia entraria definitivamente nos trilhos e voltaria a merecer o respeito dos cidadãos, depois de administrações desastrosas, que deixaram o conceito daquela Casa na lona. Quando quer, a classe politica consegue, em certos momentos, alinhar-se com as verdadeiras aspirações da sociedade, seguindo fielmente o que mandam as leis e obedecendo até as normas de natureza ética.

Desesperar-se, jamais! Nem tudo está perdido. Em outubro próximo haverá eleições. Aqueles que não aprenderam que o dever do homem público é servir aos seus mandatários, e não deles servirem-se, não merecem o seu voto. Como recompensa, vamos carimbar seus passaportes com destino ao ostracismo, até aprenderem a não mais brincar com o sentimento e a confiança do povo.

Espero que os recentes episódios impulsionem o presidente Laerte Gomes a adotar as providências que o caso requer, no sentido de tornar a atuação do legislativo estadual mais eficiente e vigorosa. Ainda há tempo. É agora ou nunca. A menos que pertenta deixar o barco singrar, à deriva, até quem sabe, encontrar um precipício pela frente. 

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