Dona Helena recruta pacientes para estudo clínico sobre epilepsia

Iniciativa que adota tecnologia desenvolvida por startup vai rastrear a dinâmica cerebral da doença; ação faz parte do InovaDona, centro de inovação do hospital catarinense

Assessoria
Publicada em 16 de janeiro de 2023 às 16:30
Dona Helena recruta pacientes para estudo clínico sobre epilepsia

Centro de excelência em serviços médicos baseado em Joinville (SC), o Hospital Dona Helena abriu a inscrição de pacientes para um estudo clínico que se propõe a avaliar o padrão de variáveis cerebrais relacionadas à epilepsia – condição neurológica bastante comum, que acomete uma a cada 100 pessoas. “Uma delas é a complacência intracraniana, como mais um indicador para determinadas alterações nos pacientes”, esclarece o neurologista Felipe Ibiapina dos Reis. Espera-se que, futuramente, que esses dados sirvam para um melhor controle das crises, beneficiando especialmente os pacientes que não são elegíveis para processos cirúrgicos ou que tenham resistência a medicamentos.

O cadastramento dos interessados em participar deve ser feito pelo linkwww.donahelena.com.br/instituto-dona-helena-de-ensino-e-pesquisa/projeto-de-pesquisa-clinica-epilepsia/. O trabalho, que será finalizado em outubro de 2023, está integrado ao InovaDona, unidade de inovação em saúde do Hospital Dona Helena, que opera no Perini Business Park, em Joinville. Os objetivos são avaliar se há correlação entre crises epilépticas e alterações da complacência intracraniana e se as possíveis alterações da complacência prenunciam crises epilépticas. A meta é alcançar cerca de 350 pacientes na região de Joinville. Dentro do protocolo de estudos clínicos, não há custos para a participação de pacientes.

A ação é conduzida em parceria com a brain4care, healthtech brasileira de base científica que desenvolve tecnologia pioneira de monitoramento não invasivo de variações de pressão e complacência intracraniana. O alvo são pacientes com diagnóstico de epilepsia, maiores de 18 anos, que serão monitorizados pelo sensor brain4care, posicionado de forma totalmente indolor na cabeça dos pacientes. O procedimento não é invasivo – o equipamento é aplicado ao redor do couro cabeludo, logo abaixo da maior circunferência do crânio, usando uma fita plástica confortável e ajustável.

O levantamento prevê a coleta de dados demográficos, clínicos e resultados de exames laboratoriais (prévios). “À medida que utilizamos novas tecnologias para a abordagem junto ao paciente, abrimos espaço para novas descobertas, colhendo dados para entender como funciona a dinâmica cerebral dos pacientes com epilepsia”, resume Felipe dos Reis.

Sobre a brain4care

A brain4care é uma healthtech brasileira de base científica que desenvolve e oferta tecnologia pioneira de monitoramento não invasivo de variações de pressão e complacência intracraniana. Isso é feito por meio de um dispositivo wearable (um sensor posicionado na cabeça do paciente com uma banda de fixação), acessível e de baixo custo, conectado via internet a uma plataforma analítica, que fornece em poucos minutos informações adicionais que qualificam o diagnóstico, orientam a terapêutica e indicam evolução de distúrbios neurológicos. Por sinal, distúrbios neurológicos são a segunda causa mundial de morte prematura e a primeira de incapacidades, de acordo com estudo publicado na The Lancet Neurology.

Fundada em 2014 pelo físico e químico Sérgio Mascarenhas (1928-2021) e acelerada no Vale do Silício pela Singularity University em 2017, a brain4care obteve liberação da tecnologia pela Anvisa em 2019, pelo FDA em 2021 e encontra-se em utilização comercial em mais de 50 hospitais e clínicas no Brasil. Atualmente, prepara sua expansão para o mercado internacional.

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