Drogas alvo-dirigidas e imunoterápicos são novas apostas para o tratamento de tumores cerebrais em crianças

Irritação, dificuldade para sentar, engatinhar ou andar podem indicar danos neurológicos em menores de dois anos

Assessoria/Foto: Divulgação
Publicada em 19 de outubro de 2022 às 12:30
Drogas alvo-dirigidas e imunoterápicos são novas apostas para o tratamento de tumores cerebrais em crianças

Atenção, mamães e papais: crianças com menos de dois anos que apresentam irritabilidade persistente manifestada por meio do choro, com dificuldade para sentar aos seis meses, que não conseguem engatinhar aos nove meses ou não tentam ficar em pé para dar os primeiros passos ao completar o primeiro ano de idade pode indicar a presença de tumores cerebrais. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer no sistema nervoso central é o tipo mais comum da doença na população pediátrica, correspondente a 20% de todas as neoplasias na infância – superando a leucemia. A grande novidade no campo dos medicamentos para este tratamento está relacionada à medicina de precisão com drogas alvo-dirigidas e imunoterápicos (que são remédios que ensinam o sistema imunológico a atacar as células cancerígenas) para personalizar e potencializar os efeitos da quimioterapia.

“Atualmente, a quimioterapia convencional ainda é o carro-chefe, mas a tendência é que nos próximos anos os remédios alvo-dirigidos e imunoterápicos ganhem cada vez mais espaço nos tratamentos”, afirma o Dr. Iuri Neville, Neurocirurgião da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. A instituição, inclusive, acaba de ficar em 1º lugar em Neurocirurgia no ranking divulgado pela revista Newsweek.

Nos últimos anos, além do refinamento dos métodos diagnósticos que vêm garantindo a detecção mais precoce dos tumores, as técnicas cirúrgicas têm evoluído com a melhoria dos instrumentos cirúrgicos e dos sistemas de microscopia eletrônica, permitindo intervenções mais precisas e seguras. “Também têm contribuído para a melhoria gradativa dos desfechos terapêuticos os avanços dos equipamentos de radioterapia, possibilitando emissões de radiação cada vez mais exatas sobre os tumores, evitando afetar tecidos saudáveis adjacentes”, afirma Neville.

Esse tipo de tumor é caracterizado como “esporádico” pela comunidade médica, ou seja, raramente a doença é congênita. Eles se formam ao longo do desenvolvimento infantil e as causas ainda são desconhecidas. Em crianças acima de dois anos e adolescentes, o principal sintoma é a dor de cabeça persistente que se manifesta em um terço dos pacientes, seguida de vômito. Também são observados episódios de náuseas, alterações no ritmo de fala, falta de coordenação dos passos e equilíbrio – fazendo com que a criança ande com as pernas afastadas, “cambaleante”.

Outro sinal típico do problema é o aumento exagerado da cabeça, também conhecido como macrocefalia, o que torna necessária a visita periódica ao pediatra para a medição do perímetro cefálico. De acordo com o médico, a aferição é realizada levando em consideração métricas padronizadas como idade e sexo da criança. “Quando há aumento exagerado, são necessárias investigações para confirmar ou afastar a possibilidade de tumor”, explica Neville.

De acordo com o médico, os sinais e sintomas devem ser investigados por meio de tomografia, exame rápido geralmente usado em quadros emergenciais, ou ressonância magnética, que é mais detalhista e resolutiva. Já o tratamento para tumores pediátricos do sistema nervoso central, sejam eles malignos ou benignos, é feito por meio de cirurgia para a retirada total do tumor. Em casos malignos, após a realização do procedimento cirúrgico, é comum que o complemento seja feito com quimioterapia e/ou radioterapia.

Ainda segundo o neurocirurgião, a ciência ainda reúne poucos evidencias sobre os fatores que podem desencadear a formação desses tumores em crianças e adolescentes, o que dificulta o estabelecimento de estratégias preventivas. “Daí a importância da educação dos pais e da população em geral sobre sinais e sintomas da doença que indicam a necessidade de buscar ajuda médica especializada, possibilitando que cânceres do gênero sejam diagnosticados e tratados o mais rapidamente possível”, finaliza Neville.

 

Sobre a BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo

Reconhecida três vezes pela revista Newsweek como uma das melhores instituições de saúde do mundo, a BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo é um hub de saúde de excelência que conta com 7 mil colaboradores e 4 mil médicos atuando em três endereços na cidade de São Paulo, nos bairros da Bela Vista (2 unidades) e Jardim América). O hub também faz parte de um grupo de 6 instituições de excelência brasileiras que integram o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), do Ministério da Saúde.

Os serviços da BP são oferecidos por meio de 3 marcas de serviços hospitalares com foco em alta complexidade e que atendem diferentes segmentos de clientes, e 3 marcas que contemplam serviços de medicina diagnóstica, consultas médicas e atendimentos ambulatoriais e educação e pesquisa. São elas: Hospital BP, referência em casos de alta complexidade, pronto-socorro geral e corpo clínico especializado para clientes de planos de saúde e particulares; pelo BP Mirante, hospital que oferece um corpo clínico renomado, pronto atendimento privativo, hotelaria personalizada e cuidado intimista para clientes particulares e de planos de saúde premium; pela BP Medicina Diagnóstica, um completo e atualizado centro de diagnósticos e de terapias, que oferece exames laboratoriais, de imagem, métodos gráficos e de todas as outras especialidades diagnósticas; pelo BP Vital, uma rede de clínicas de diversas especialidades médicas integrada aos demais serviços da BP para cuidar da saúde dos clientes e estimular conversas preventivas sobre a saúde; e pela BP Educação e Pesquisa, tradicional formadora de profissionais de saúde que capacita profissionais por meio de cursos técnicos e de pós-graduação, residência médica, eventos científicos e é responsável por gerenciar mais de 100 estudos e pesquisas na área da saúde com o intuito de contribuir para a evolução da Medicina no País.

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