Ex-secretário da Seduc faz duras críticas ao governo anterior e lembra que 'ficaram mais de 300 contêineres como prova'

Espera-se agora novo round, neste ano político, onde os nervos já estão à flor da pele

Sérgio Pires
Publicada em 30 de maio de 2022 às 22:52
Ex-secretário da Seduc faz duras críticas ao governo anterior e lembra que 'ficaram mais de 300 contêineres como prova'

O assunto envolvendo três governadores (o atual e dois ex!) ainda tem muitas questões que envolvem as rusgas, além de declarações e contra-declarações relacionadas com um rombo de 426 milhões de reais recebidos por ele, quando Marcos Rocha assumiu a sucessão de Confúcio Moura e Daniel Pereira. Embora a grande maioria dos assessores do atual governo tenha permanecido distante do confronto, sem se envolver na confusão, pelo menos um deles optou por tomar partido. O agora ex-secretário de Educação, Suamy Vivecananda, divulgou uma dura posição acerca do governo anterior, com críticas principalmente a Confúcio Moura. Suamy ironizou, sobre a negativa de Confúcio de ter deixado eventualmente alguma dívida ao atual governo: “só falta o ex-governador negar que deixou três escolas inteiras de contêineres, uma em Parecis e duas em Machadinho, além de outros 300 contêineres “enfiados” nas escolas da zona rural do interior do Estado”. Suamy escreveu ainda que “todos os laboratórios de Informática estavam sucateados; faltavam laboratórios de ciências da natureza em todas as escolas; havia uma dívida de pecúnias para com os servidores da Educação, na ordem de 150 milhões de reais. E por aí vai...”! O ex- secretário continuou: “eu sofri. Mas, o que foi complicado lá no início de 2019, foi quando o Ministério Público determinou aos Bombeiros, que interditassem todos os contêineres. Eles ficaram como prova de que recebemos aquele presente de grego”. Inconformado, Suamy retruca: “agora é fácil afirmar que estava tudo correto. Só nós sabemos do Jogo de cintura do governador Marcos Rocha, com a Sepog e Sefin e demais secretarias, para sairmos da situação complicada”, respondeu o até há pouco titular da Seduc. Perguntado se ele autorizaria publicar estes comentários, Suamy deu a devida autorização.

Um dia depois de Confúcio Moura criticar duramente Marcos Rocha, afirmando que não é verdade que ele tenha deixado dívidas e avisando que fará de tudo para que o atual Governador não se reeleja, o próprio Rocha amenizou a crise. Disse, numa entrevista exclusiva ao jornalista Eduardo Kopanakis, da SICTV, ainda durante a Rondônia Rural Show, em Ji-Paraná, que não havia sido Confúcio quem deixou o rombo, mas o sucessor dela (Daniel Pereira), embora não tenha citado o nome dele. Rocha lembrou que respeita muito Confúcio, que foi secretário dele e que o ajudou, fazendo seu papel com dedicação e resultados. Mesmo assim, Suamy saiu em defesa do atual governo, lembrando que, ao menos na área da Educação, para a administração Rocha, da qual ele foi personagem destacado até há pouco, a herança “confunciana” foi ruim. Espera-se agora novo round, neste ano político, onde os nervos já estão à flor da pele.

Comentários

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    Josemar Freire Botelho 31/05/2022

    E a destruição de livros de Literatura pretendida por este cidadão? E a censura a escritores consagrados durante sua gestão à frente da SEDUC/RO? Será que ele, o SUAMY, a serviço dos governos milicianos e genocidas de extrema-direita, não fez coisas piores do que colocar crianças dentro de containers? É o sujo falando do mal lavado. Todos farinho do mesmo saco.

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