Governadores da Amazônia Legal reúnem-se com presidente da República para debater ações de combate às queimadas

Marcos Rocha esclareceu que se houver ajuda internacional, o recurso deve ser utilizado de acordo com as reais necessidades dos estados

Alex Nunes - Fotos: Marcos Corrêa/PR e Paulo Sérgio
Publicada em 28 de agosto de 2019 às 14:02
Governadores da Amazônia Legal reúnem-se com presidente da República para debater ações de combate às queimadas

Governador de Rondônia, Marcos Rocha, participa de reunião com o Presidente Bolsonaro para debater sobre as queimadas na Amazônia junto com governadores da região norte.

Diante do avanço de informações sobre os focos de incêndio no território que compreende a Amazônia Legal Brasileira, o presidente da República, Jair Bolsonaro, convidou os governadores dos estados partícipes desta área, a reunirem-se na manhã desta terça-feira (27), no Palácio do Planalto.

Mesmo após a edição de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), pelo governo federal , em 23 de agosto, voltado a ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais e no combate a focos de incêndio, com emprego do uso das forças armadas, ocorreram informações referentes à quantidade de queimadas na região que, segundo a presidência, estiveram dissonantes da realidade local.

Com a presença dos governadores ou representantes dos Estados do Acre, Amapá,  Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso, Maranhão, o encontro teve um tom único sobre as ações regionais, para que resultem em desenvolvimento consonante com o bioma local.

O presidente Jair Bolsonaro fez questão de perguntar, a cada governador, qual a área do estado é específica para proteção e qual pode ser utilizada para desenvolvimento sustentável. Ele afirmou que a região mais rica do Brasil é a norte. “Não podemos viver como pobres vivendo em terras riquíssimas”, pontuou. Segundo ele, há intenções nas divulgações dos incêndios amazônicos que vão além da preocupação com o meio ambiente. Ele fez um paralelo quanto a iminentes embargos agropecuários que podem vir da preocupação de vários países quanto a aquisição de produtos brasileiros. “A fama que deixaram passar para o Brasil é a pior possível”, declarou. Para ele, os estados precisam desta união independente de ideologias partidárias, ou o agronegócio ficará inviabilizado e a economia pode piorar.

O governador Marcos Rocha defendeu que no mês de agosto e setembro sempre há queimadas, por conta do período da seca. Ele ressaltou que o estado só utiliza cerca de 33% da área total para quaisquer atividades. Marcos Rocha esclareceu que se houver ajuda internacional, o recurso deve ser utilizado de acordo com as reais necessidades dos estados.

O presidente Bolsonaro definiu que até a quinta-feira da próxima semana (5), o ministro chefe da Casa Civil, Onix Lorenzoni, juntamente com outros ministros ligados ao assunto, procurarão cada governador, ou assessoria, para finalizar um pacote de medidas a serem enviados ao Congresso Nacional.

Também estiveram presentes à reunião, Fernando Azevedo, Ministro de Estado da Defesa; Ernesto Araújo, Ministro de Estado das Relações Exteriores; Ricardo Salles, Ministro de Estado do Meio Ambiente; Jorge Antonio de Oliveira, Ministro-Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República; Luiz Eduardo Ramos, Ministro-Chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República e Augusto Heleno, Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

Winz

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