Múcio Athayde: o 'Homem do Chapéu' e sua polêmica passagem por RO
Empresário polêmico, envolveu-se em golpes imobiliários, arrendou o jornal O Guaporé e ficou conhecido como o “Homem do Chapéu”
Conheça a trajetória de Múcio Athayde, ex-deputado federal eleito por Rondônia, apelidado de “paraquedista”. Empresário polêmico, envolveu-se em golpes imobiliários, arrendou o jornal O Guaporé e ficou conhecido como o “Homem do Chapéu”.
Quem foi Múcio Athayde
José Múcio Ataíde Fróis, mais conhecido como Múcio Athayde (1936–2010), nasceu em Montes Claros (MG) e se formou em Direito pela Universidade de Minas Gerais. Foi empresário da construção civil e político, tendo iniciado sua carreira parlamentar em Minas Gerais, em 1963, pelo PTB.
Cassado pelo regime militar em 1964, retornou à política nos anos 1980, elegendo-se deputado federal por Rondônia em 1982, já pelo PMDB.
O “paraquedista” em Rondônia
Athayde tornou-se o deputado federal mais votado de Rondônia na eleição de 1982. Entretanto, sua ligação com o estado era frágil. Políticos de fora que buscavam votos sem raízes locais eram chamados de “paraquedistas”, e Athayde se tornou um dos mais conhecidos dessa prática.
Durante o mandato (1983–1987), usou Rondônia como trampolim político para tentar consolidar carreira em Brasília, articulando candidatura ao governo do Distrito Federal e ao Senado, mas acabou barrado por abuso de poder econômico.
Os golpes no setor imobiliário
Athayde construiu fama como empreendedor, mas também acumulou escândalos.
Em Brasília e no Rio de Janeiro lançou empreendimentos imobiliários, alguns sem elevadores, o que resultou em processos.
O projeto Athaydeville, na Barra da Tijuca (RJ), prometia 76 torres, mas entregou apenas duas, deixando compradores lesados e dívidas milionárias.
Foi acusado em diversas ações por irregularidades e golpes no ramo imobiliário.
O “Homem do Chapéu”
Em sua campanha e mandato, Athayde popularizou o uso do chapéu de palha, símbolo pessoal que lhe rendeu o apelido de “Homem do Chapéu”. O estilo foi posteriormente adotado por políticos de Rondônia, como Ivo Cassol, marcando presença estética na política regional.
Imprensa e o jornal O Guaporé
Na campanha de 1982, arrendou o jornal O Guaporé e a Rádio Parecis, em Porto Velho. O veículo foi usado como plataforma política e acabou levado à falência, com denúncias de salários atrasados e má gestão. Esse episódio reforçou sua imagem polêmica no estado.
Últimos anos e morte
Após encerrar a carreira política, Athayde manteve negócios imobiliários, inclusive em Miami, mas continuou enfrentando problemas judiciais. Morreu em 11 de setembro de 2010, no Rio de Janeiro, aos 74 anos.
Fontes
Wikipedia – Múcio Athayde
Portal da Câmara dos Deputados – Perfil parlamentar
Gente de Opinião – “A morte de Múcio Athayde” (Carlos Sperança, 14/08/2013)
Registros de imprensa nacional e regional (Jornal O Guaporé, Última Hora, Correio do Povo)
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