RONDÔNIA: A EDUCAÇÃO, O SUAMYSMO E A ONAGROCRACIA...

Assim, mesmo que a turma do suamysmo faça beicinho, não podemos aceitar e bater palmas para o negacionismo, para a obtusidade e a onagrocracia

Francisco Xavier Gomes
Publicada em 18 de junho de 2021 às 14:18
RONDÔNIA: A EDUCAÇÃO, O SUAMYSMO E A ONAGROCRACIA...

A estrutura da educação em Rondônia estará pronta para voltar ao período paleolítico, quando encerrar o mandato do coronel Marcos Rocha e, por consequência, a gestão de Suamy Lacerda, como secretário, visto que o altíssimo grau de obtusidade e a falta de nobreza na cúpula da SEDUC dão a tônica, nessa confusa administração do obtuso Marcos Rocha, que contraria a lógica e busca aconselhamentos cuja eficácia está vista nos desastres da onagrocracia instalada no estado que já foi governado pelos coronéis Humberto da Silva Guedes e Jorge Teixeira de Oliveira, militares que sabiam exatamente o que estavam fazendo no cargo. Claro que as pazuelladas do suamysmo ocorrem em diversos setores do governo, porém, nesta ocasião, vamos fazer uma breve análise sobre o sistema educacional...

Inicialmente, é importante lembrar que aquela decisão do Governo de Rondônia, e do secretário da educação, de queimar, na fogueira da inquisição suamysta, todos os livros que eles nunca leram não pode ser vista como mero acaso, ou como mero negacionismo por osmose. A SEDUC realmente possui uma política oficial de precarizar o sistema de ensino. A conduta da gestão suamysta contraria frontalmente aquilo que o filósofo grego Aristóteles pregava, mais de três séculos antes de Cristo, quando ele dizia que “Ensinar não é uma função vital, porque não tem o fim em si mesmo, a função vital é aprender!” Embora existam sérias dúvidas sobre se o secretário de educação sabe quem foi Aristóteles, vale registrar que uma pessoa que conhece alguma coisa do que o grego pregava jamais mandaria queimar obras literárias tão importantes, como aquelas da lista da SEDUC/RO. E considerando a alusão sobre livros, não podemos ignorar outro mestre, Monteiro Lobato, quando ensinava a seguinte lição: “Quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê”. Nosso secretário, infelizmente, está lendo muito mal...

Para citar um exemplo de que diversas pessoas da cúpula da SEDUC atuam com mágoa e ignoram a ciência, registro que, nos primeiros dias do mês de maio, duas ou três pessoas de uma escola de Ji-Paraná (escola José Francisco dos Santos) entraram em contato comigo e pediram para eu fazer uma aula sobre técnicas de redação com alunos do Ensino Médio. Como tenho obrigação de ajudar melhorar o nível de ensino do estado onde nasci, e considerando que os alunos merecem respeito, coloquei-me à inteira disposição da escola. A partir disso, solicitei que a escola informasse que aspectos do texto dissertativo eram prioritários, para fazer esta abordagem com os alunos. Assim, combinamos conteúdos e data. Como a aula seria compartilhada com diversas outras escolas do estado de Rondônia, combinamos fazer em uma plataforma que possibilitasse o maior número possível de alunos. A data da aula era 03 de junho, praticamente 30 dias após o período de contato com a escola. Claro que a aula foi preparada com todo carinho possível, porque a intenção era oferecer algo de qualidade aos alunos....

No dia marcado para a realização da aula, algumas horas antes, fui informado que a aula havia sido cancelada, “em virtude do feriado de Corpus Christi”. Tudo mentira!!! Tudo papo furado!!! O problema é que a SEDUC resolveu cancelar a aula, porque penso politicamente diferente do secretário e sou avesso ao negacionismo. Obviamente que estes assuntos não seriam tratados na aula, porque o conteúdo combinado era relacionado com a estrutura do texto dissertativo e as técnicas para construir um texto. Entretanto, houve um conluio entre a direção da escola, a Coordenação Regional de Ensino de Ji-Paraná e a cúpula da SEDUC, objetivando que a aula fosse cancelada, porque o suamysmo não aceitava aula comigo. Quanto perdi com isso?? Absolutamente nada, porque não cobrei nenhum centavo para fazer a aula. Estou habituado a viajar o estado e fazer esse tipo de trabalho, porque tenho obrigação de contribuir com a formação dos alunos. O boicote não me causou nenhum prejuízo; mas certamente os alunos foram prejudicados pela pequenez do suamysmo. Os alunos não podem ser prejudicados pela obtusidade da cúpula da SEDUC. Isso é vergonhoso!!!

Agora, esta semana, a mesma SEDUC que impediu os alunos de terem uma aula sobre a estrutura da redação resolveu fazer um simulado para aferir a situação dos alunos do ensino médio. Neste simulado, havia a cobrança de fazer uma redação semelhante à do ENEM. Como muitos alunos que fizeram este simulado não tiverem oportunidade de revisar detalhes sobre a estrutura do texto dissertativo, claro que existe a possibilidade de haver resultados ruins. Tudo isso porque o suamysmo e o negacionismo não gostam da minha posição politica. Neste caso, registro meu total repúdio às pessoas que boicotaram os alunos e registro minha total solidariedade a todos os alunos da escola José Francisco dos Santos (Ji-Paraná) e todas as demais escolas que participariam da aula. Que coisa medíocre!!!

Finalmente, é necessário lembrar que a incoerência é uma marca desse governo de Rondônia. Basta lembrar que diversas autoridades estaduais, incluindo-se pessoas da SEDUC, trabalham nos bastidores para a volta às aulas presenciais; embora praticamente todos os profissionais de educação do estado tenham a previsão de tomar a segunda dose da vacina apenas em setembro ou outubro. Assim, mesmo que a turma do suamysmo faça beicinho, não podemos aceitar e bater palmas para o negacionismo, para a obtusidade e a onagrocracia... Tenho dito!!!

FRANCISCO XAVIER GOMES

Professor da Rede Estadual e Jornalista

Winz

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Comentários

  • 1
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    Carlos 19/06/2021

    Ampliar as fronteiras do conhecimento, da inovação tecnológica entre outros ocorre mediante liberdade para pesquisa, liberdade de questionamento e condições democráticas para se fazer isso. Infelizmente o governo estadual está preso numa ideologia e não conseguem sair da matriz.

  • 2
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    Gilzélia Pereira 19/06/2021

    Se continuar esse time na SEDUC - RO e esse governo sem noção quem vai pedir pra sair por conta própria são os 43 autores das obras literárias que seriam retiradas criminalmente das escolas do Estado de Rondônia pelo Suamysmo e seu bando de tunantes. O bom, é que a SEDUC - RO deve ter economizado uns 65% de seu orçamento financeiro em 2020 com as aulas remotas iniciadas no final do mês de abril e os descontos do auxílio transporte de professores e demais funcionários do estado e assim, economizou com toda certeza no mínimo uns 80% de seu orçamento neste ano de 2021. Pois, esse governo é plenamente honesto e se preparou para gerir sem gastar todo orçamento SEDUC - RO devido o tempo passado com a pandemia e o aprendizado adquirido nestes tempos remotos, porque se gastou vai complicar para eles porque serão cobrados. E nós que pensamos que a Gaviolle era horrível como secretaria kkkkkk. Temos o ÇUAMIIII que superou tudo e todos KKKKKKKKKK

  • 3
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    silvia 19/06/2021

    Parabéns professor XAVIER, pela disponibilidade ao processo educacional do Estado de Rondônia, todas as vezes que foi solicitado à contribuir sempre esteve à disposição. Quando o apartamento estéreo ideológico da SEDUC qualifica suas ideias "estéreo tóxicas" o dano é diretamente no processo educacional do Estado, Élamentável por inúmeras vezes lamentável, o dano é diretamente para o alunado que recebe a ressonância da insuficiência de desempenho da Secretaria de Estado da Educação. É Lamentável por inúmeras Vezes [...].

  • 4
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    Robertis 19/06/2021

    Nessa pandemia a Seduc abandonou os professores. Não deu suporte para as aulas remotas. Fez e faz uma quantidade excessiva de cobranças. Sobrecarregou o professor com burocracia, preenchimento de planilhas, diário eletrônico cheio campos desnecessários e outras jabuticabas. A direção de muitas escolas ficam ameaçando professores com notificação caso não cumpram o prazo para a entrega dessa demanda burocrática. Mas, eles sabem que a maioria dos professores tem senso de responsabilidade, vão continuar firmes mesmo que tenham que arcar com os custos com Internet e equipamentos, sem contar os gastos de deslocamento para ir buscar quinzenalmente atividades respondidas pelos alunos que não possuem acesso a internet para trabalhar no Classroom. Essa gente não pode ficar mais 4 anos no poder.

  • 5
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    Christian 18/06/2021

    Um país que não valoriza a educação e seus profissionais não pode jamais, ser um lugar bom para se viver. A vacina é de extrema importância para os educadores e outros profissionais da educação.

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