Desconhecimento sobre ISTs aumenta o risco de contaminação

O medo faz com que a busca por testes e tratamentos se tornem tabu

Agência do Rádio
Publicada em 04 de fevereiro de 2020 às 10:34
Desconhecimento sobre ISTs aumenta o risco de contaminação

Um dos maiores desafios no combate aos vírus do HIV, da Sífilis e das Hepatites é a falta de conhecimento sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis, as ISTs. O medo faz com que a busca por testes e tratamentos se tornem tabu.

Segundo estimativas do Ministério da Saúde, o Brasil terminou 2018, ano do último levantamento da pasta, com aproximadamente 900 mil pessoas com o vírus HIV, mas com 766 mil diagnosticadas. O que indica a presença de 135 mil pessoas que não sabem que têm a infecção, e que aumentam o risco de contaminação.

O risco de não fazer a testagem é triplo, porque a pessoa que não sabe tem maior chance de transmitir, de se contaminar com outras ISTs, e de chegar a um estado grave da infecção, a Aids.

No mesmo levantamento do Ministério, a estimativa é que 544 mil pessoas com o HIV já não transmitem mais devido ao tratamento. Isso porque, uma vez que a pessoa é diagnosticada, com apenas seis meses de acompanhamento já entra em um estágio em que o vírus não é mais detectável. Ou seja, também não é mais transmissível.

E o HIV é apenas uma das três ISTs com níveis altos de incidência no Brasil. Assim como ele, a Sífilis e as Hepatites virais também possuem testes rápidos de infecção disponibilizados em todo o País por meio do Sistema Único de Saúde, o SUS e podem ser feitos de forma anônima.

Gerson Fernando Pereira, diretor do departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde explica as prioridades da prevenção.

“Trabalhar a percepção da importância da prevenção. Testagem e tratamento. Porque a testagem também é uma medida de prevenção. Na medida em que eu me testo e início o tratamento, eu estou prevenindo novas infecções. Sendo positivo e com o tratamento adequado, o vírus fica indetectável e a pessoa não desenvolve a doença e também, como uma medida de prevenção na medida em que a gente diminui carga viral circulante na população.”

Os testes rápidos podem ser feitos com coleta de gota de sangue ou com saliva e dão o resultado em até 30 minutos. Eles são fornecidos em unidades básicas de saúde ou nos Centros de Testagem e Aconselhamento.

Os testes rápidos podem ser feitos com coleta de gota de sangue ou com saliva e dão o resultado em até 30 minutos. Eles são fornecidos em unidades básicas de saúde ou nos Centros de Testagem e Aconselhamento.

Todos os testes possuem uma janela diagnóstica entre o momento em que a pessoa foi infectada e a detecção nos marcadores. Por isso, mesmo que o teste dê resultado negativo, é indicado esperar mais 30 dias para refazer.

Sem camisinha, você assume o risco. Use camisinha e se proteja de todas as ISTs, como HIV e Hepatites. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/ist. 

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