MARCOS ROCHA: UM GOVERNO SEM COMPROMISSO COM A VERDADE!

Ele emprega uma velha tática, usada em abundância pelos nazistas, repetindo uma mentira muitas vezes, para ver se ela vira uma verdade

Daniel Pereira, ex-governador de Rondônia
Publicada em 04 de junho de 2022 às 08:37
MARCOS ROCHA:  UM GOVERNO SEM COMPROMISSO COM A VERDADE!

“os lábios arrogantes não ficam bem ao insensato, muito menos os lábios mentirosos aos governantes” - Provérbios 17:7

“quem mente também rouba, pois rouba o direito do outro saber a verdade” - Buda, sábio indiano.

“toda mentira carrega a verdade sobre a conduta de quem mente” – dito popular.

Marcos Rocha, eleito governador de Rondônia em 2018, desde os primeiros dias de gestão busca um culpado para um possível desastre em seu governo.
O escolhido foi o governo anterior, do qual ele fez parte, ao menos por três anos e quatro meses, entre 01.01.2015 e 05.04.2018, como secretário de assuntos penitenciários - SEJUS, nomeado pelo então governador Confúcio Moura.

Ele emprega uma velha tática, usada em abundância pelos nazistas, repetindo uma mentira muitas vezes, para ver se ela vira uma verdade.

No dia primeiro de abril de 2019, data conhecida popularmente por Dia Mundial da Mentira, o mandatário estadual, no Programa SIC NEWS, repetidora local da Rede Record, desinformou o povo de Rondônia dizendo que tinha recebido o estado com sérios problemas de orçamento nas áreas de segurança, saúde e pagamento de dívidas do Beron.

Tudo “conversa para boi dormir”, pois, em 2018, quem fez o orçamento de 2019, foi a mesma equipe que atuou ao menos nos dois anos iniciais do governo dele, liderados pelo secretário Pedro Pimentel, responsável pela SEPOG – Secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão.

No dia 25 de maio último, na 9ª RRS – Rondônia Rural Show, na abertura do evento, Rocha mudou a história da “herança maldita”.  Agora afirma que recebeu o estado em 2019 sem recursos para pagamento de pessoal.  Uma nova falácia. Não faltou orçamento, nem recursos. Nesse período faltou apenas um governador para Rondônia.

A criminosa fala de MR sobre o déficit herdado da gestão anterior mexeu com os brios do hoje senador Confúcio Moura, ex-governador de RO, o qual sucedemos em abril de 2018, que proferiu cobras e lagartos sobre seu “ingrato” ex-colaborador.

Dois dias depois, desesperado com a ira do ex-chefe, fomos “brindados” com uma terceira versão para o imaginário “rombo” nas contas públicas no início de 2019, em declaração ao repórter Eduardo Kopanakis, da SIC TV, durante a Rondônia Rural Show, alegando que “pegou o estado com 300 milhões de recursos em contas, mas que esses recursos são de um banco, sem explicitar de qual banco”.

Aqui MR começa a se redimir. Agora admite que pegou o governo com dinheiro em caixa, mas procura achar um dono para ele, um suposto banco.

A única explicação possível para “esse banco” seria um crédito disponível ao Estado de Rondônia junto ao BNDES, celebrado ainda no governo Confúcio Moura, destinado à pavimentação da RO-370, que liga os municípios de Chupinguaia a Parecis, numa rodovia paralela à BR-364, unindo as regiões de Vilhena e Rolim de Moura, beneficiando milhares de pessoas, cuja ordem de serviços fora dada em abril de 2018.

Nosso atual mandatário só esqueceu de dizer que o BNDES nunca depositou um centavo desse contrato nas contas de Rondônia, que só o faria após a confirmação dos serviços da pavimentação contratada, o que nunca ocorreu, pois MR rescindiu o contrato com o BNDES assim que assumiu o mandato.

A única verdade nessas três bizarras tentativas de desmoralizar nosso governo é que agora MR terá que explicar ao povo de Colorado, Cabixi, Cerejeiras, Pimenteiras, Corumbiara, Chupinguaia, Alta Floresta, Alto Alegre e Parecis, porque desistiu de fazer uma obra financiada com dinheiro do BNDES, prejudicando o desenvolvimento daquela importante região e, como consequência, de todo o Estado.


Daniel Pereira
Ex-vice-governador (2015/2018)
Ex-governador (2018)

Winz

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Comentários

  • 1
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    Carlson Lima 04/06/2022

    Compromissos com a verdade é algo surreal na atualidade. Que o diga, a calamidade pública que se tornou a saúde do estado de Rondônia na gestão do folclórico Fernando Máximo frente a pasta da saúde até se tornar pré candidato a deputado federal. Pior que essa amostra de secretário de estado foi o experimento da educação. Só o Suamy e o suamismo na educação promovido pelo mesmo conseguiu ser pior que Fernando Máximo. Difícil é dizer que Marcos Rocha é um governo, isso sim é quase uma utopia. Nunca se gastou ou se jogou fora tanto dinheiro em saúde e educação em Rondônia como nestes 3 anos e 5 meses com resultados pra lá de ruins. Espero que o eleitorado do estado não cometa o mesmo erro de 2018 e elejam esses buliçosos eleitos na onda biruta e quase acéfala que trouxe Bolsonaro e esses patriotas sem pátria e apaixonados pelo erário.

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