Em coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira, 17, o delegado Núbio Lopes de Oliveira, titular da Delegacia de Homicídios de Vilhena, deu detalhes sobre a conclusão de um homicídio que aconteceu no dia 27 de maio de 2018, no bairro Cristo Rei, em Vilhena. A vítima foi o mecânico Julio Pereira Bastos, de 41 anos, assassinado em frente a sua família, no portão de casa, por um homem que chegou com um comparsa em uma motocicleta. Quatro dos disparos atingiram regiões vitais. Lembre aqui.

Três dias pós o crime, em 30 de maio, uma arma de fogo foi apreendida, e passou a ser investigada se foi usada para o homicídio do cantor Mailson Lucas Campos, que havia sido morto no dia 20 do mesmo mês, mas os exames comprovaram que não era. 

Sendo assim, a arma e os projéteis retirados do corpo de Julio foram passar por perícia em Porto Velho, mas o laudo deu um resultado inconclusivo, por duas vezes.

O delegado Bruno Zane Santos, da Polícia Federal, entrou com apoio e enviou o mesmo material para o Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília. Lá, com outro método, foi confirmado que a arma havia sido usada para o homicídio contra o mecânico. “A investigação deu um salto quando eu estava com o laudo positivo nas mãos. Portanto, a gente presta agradecimentos ao delegado da PF e ao Instituto”, frisou Núbio.

A partir de tal ponto, mais informações e provas passaram a ser trabalhadas. Com uma ação do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil, foi possível descobrir que dois homens trataram com um terceiro de que tinham matado alguém, mas usaram outros termos. 

Dando sequência às investigações, foi concluído que o assassino do mecânico foi Pablo Henrique da Silva Sega, de 20 anos, o mesmo que tirou a vida do cantor Mailson Lucas. Confira aqui

Porém, quem pilotava a moto na data em que o artista foi executado era Kenedy Palmeida da Silva, de 27 anos, que está foragido após dar um tiro no rosto de Rozane de Fátima de Souza, quando ela quando saía na Chácara do Raimundo, no início de fevereiro de 2019.

As investigações concluíram também que Kenedy já havia tido uma discussão com Julio, e na ocasião chegou a pedir uma arma emprestada para matar o mecânico, mas não conseguiu

No inquérito concluído essa semana sobre a morte do mecânico em 2018, Pablo (FOTO) foi indiciado como autor do crime, e Kenedy como partícipe. Foi representada pela prisão preventiva do homicida (Pablo), que já se encontra no Centro de Ressocialização Cone Sul, e também de Kenedy, que está foragido. “Ele preso, cumprindo pena por tráfico e homicídio, vai agora estar vinculado também em relação a esta investigação. Se ele fosse solto hoje, continuaria preso”, disse Nubio. 

O crime foi dado como homicídio duplamente qualificado, pelo motivo fútil e emprego de recurso que tornou impossível a defesa da vítima.